segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

"JESUS E AMOR"

"A figura humana de Jesus confirma a Sua procedência e realização como o Ser mais
perfeito e integral jamais encontrado na Terra.
Toda a Sua vida se desenvolveu num plano de integração profunda com a
Consciência Divina, conservando a individualidade em um perfeito equilíbrio psicofísico.
Como conseqüência, transmitia confiança, porque possuía um caráter com
transparência diamantina, que nunca se submetia às injunções vigentes, características de uma cultura primitiva, na qual predominavam o suborno das consciências, o
conservadorismo hipócrita, uma legislação tão arbitrária quanto parcial e a preocupação
formalística com a aparência em detrimento dos valores legítimos do individuo.
Portador de uma lidima coragem, se insurgia contra a injustiça onde e contra quem se
apresentasse, nunca se omitindo, mesmo quando o consenso geral atribuía legalidade ao
crime.
Paciente e pacífico, mantinha-se em serenidade nas circunstâncias mais adversas, e
jovial, nos momentos de alta emotividade, demonstrando a inteireza dos valores íntimos
em ritmo de harmonia constante.
Numa sociedade agressiva e perversa, elegeu o amor como a solução para todos os
questionamentos, e o perdão irrestrito como terapêutica eficaz para todas as enfermidades.
Não apenas ministrava-o através de palavras, mas, sobretudo, mediante atitudes
claras e francas, arriscando-se por dilatá-lo especialmente aos infelizes, aos detestados,
aos segregados, aos carentes.
Em momento algum submeteu-se às conveniências perniciosas de raça, ideologia,
partido e religião, em detrimento do amor indistinto quanto amplo a todos que O cercavam ou O encontravam.
Por amor, elegeu um samaritano desprezado, para dele fazer o símbolo da
solidariedade.
Com amor, liberou uma mulher equivocada, tirando-lhe o complexo de culpa.
Pelo amor, atendeu à estrangeira siro-fenícia que Lhe pedia socorro para a
enfermidade humilhante.
De amor estavam repletos Seu coração e Suas mãos para esparzi-lo com os
espezinhados, fosse um cobrador de Impostos, uma adúltera, o filho pródigo, a viúva
necessitada, ou a mãe enlutada.
Sempre havia amor em Sua trajetória, iluminando as vidas e amparando as
necessidades dos corpos, das mentes, das almas.
Compadecia-se de todos; no entanto, mantinha a energia que educa, edifica,
disciplina e salva.
Chorou sobre Jerusalém, invectivou a farsa farisaica, advertiu os distraídos, condenou
a hipocrisia e deu a própria vida em holocausto de amor.
Nunca se perdeu em sentimentalismos pueris ou agressividades rudes.
O amor norteava-lhe os passos, as palavras e os pensamentos.
Tornou-se e prossegue como sendo o símbolo do amor integral em favor da
humanidade, à qual auspicia um sentimento humano profundo e libertador."
("Jesus e a Atualidade", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

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