"Perante
alguém a condenar alguém,
Destacando
algum mal que aconteceu,
Se te
inclinas ao fogo da censura,
Dize contigo
assim: “Se fosse eu...”
Passa a
criança entregue à noite e ao vento,
Amargura,
nudez, olhar sem brilho...
Se vais
recriminá-la, indaga simplesmente:
“E se fosse
meu filho?...”
Desditoso
detento em não longe...
Vozes clamam:
“Prendei!...Apedrejai!...”
Ao ver-lhe a
humilhação, interroga a ti mesmo: “E se fosse meu pai?...”
Diante do
acusado escarnecido,
Atento ao
cerco de infeliz reclamo,
Fita-lhe a
dor e pensa: “E se este pobre
Estivesse
entre aqueles que mais amo...?
Quanta
lágrima nunca surgiria,
Quanta força
da treva, agindo em vão,
Se em cada
coração, à luz da vida,
Houvesse mais
amor e compaixão!...
Nosso irmão
delinquente!... Junto dele,
Reflete antes
de erguer a própria voz:
“Como seria
tudo diferente,
Se ele fosse
um de nós!...”
(Manoel Monteiro, “Senda
para Deus”, Francisco Cândido
Xavier – Autores diversos)
Sem comentários:
Enviar um comentário