"Quando
observares o incêndio lavrando na vizinhança, não é preciso te candidates ao
título de herói, procurando as tarefas de integral remoção do perigo.
Faze alguma coisa, para
que o fogo se reduza ou se extinga e terás agido com a fraternidade no coração.
Se a penúria visita a
paisagem social em que respiras, não é necessário te convertas em salvador
apressado.
Traze a quem sofre
alguma gota de remédio ou a côdea de pão que te sobra na mesa farta e terás
cumprido o dever da solidariedade humana.
Se o desastre feriu
aqueles que te seguem de perto, não é imperioso te transformes em pessoa
milagrosa.
Coopera, de algum modo,
com os teus braços amigos, para que os problemas sejam solucionados e
revelar-te-ás em bom caminho.
Se a maledicência
amontoa espinheiros em torno da alheia reputação, ninguém espera sejas o
advogado palavroso dos ausentes.
Basta que faças algum
silêncio ou que pronuncies uma frase caridosa e marcharás na senda de elevação.
O Céu não reclama dos
homens a santidade improvisada e nem exige que a criatura abandone hábitos
seculares de um dia para outro.
Aguarda, sim, a nossa
migalha de boa vontade na redução dos variados enigmas da luta humana.
Em verdade, grande é a
dor que martiriza os corações vinculados à Terra...
Realmente, a aflição é
hoje problema generalizado, em todas as latitudes do Globo, mas, quando coração
fizer alguma coisa, cada dia, pela vitória do bem, estaremos alcançando para o
mundo inteiro a conquista da felicidade imortal."
(“Urgência”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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