quinta-feira, 26 de abril de 2012

"MISSÃO DO HOMEM INTELIGENTE NA TERRA"

Ferdinando, Espírito Protetor - Bordeaux, 1862


"13. Não vos orgulheis do que sabeis, pois esse saber tem limites
bem estreitos no mundo que habitais. Mesmo supondo que sejais uma
das intelectualidades na Terra, não tendes nenhum direito de vos envaidecer
por isso. Se Deus vos fez nascer num meio onde pudestes
desenvolver vossa inteligência, foi porque Ele quis que fizésseis
uso dela para o bem de todos. Esta é uma missão que Ele vos dá,
ao colocar em vossas mãos o instrumento com a ajuda do qual
podereis desenvolver, a vosso modo, as inteligências mais atrasadas
e conduzi-las a Deus. A natureza do instrumento não indica o
uso que dele se deve fazer? A enxada que o jardineiro coloca nas
mãos de seu aprendiz não lhe mostra que ele deve cavar? E que
diríeis se esse aprendiz, ao invés de trabalhar, levantasse sua enxada
para atingir o seu mestre? Diríeis que é horrível e que ele
merece ser expulso. Pois bem, assim ocorre com aquele que se
serve de sua inteligência para destruir a idéia de Deus e da Providência
entre seus irmãos. Ele ergue contra seu mestre a enxada
que lhe foi dada para limpar o terreno. Terá assim direito ao salário
prometido, ou merece, ao contrário, ser expulso do jardim? Ele o
será, não há dúvida, e carregará consigo existências miseráveis e
repletas de humilhações até que se curve diante d’Aquele a quem
tudo deve.
A inteligência é rica de méritos para o futuro, desde que bem
empregada. Se todos os homens talentosos dela se servissem conforme
a vontade de Deus, a tarefa dos Espíritos seria fácil, para fazer
a Humanidade avançar. Infelizmente, muitos fazem dela um instrumento
de orgulho e de perdição para eles próprios. O homem abusa
de sua inteligência como de todas as suas outras capacidades e, entretanto,
não lhe faltam lições para adverti-lo de que uma poderosa
mão pode lhe retirar aquilo que lhe deu."
("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo VII - "Bem-Aventurados os Pobres de Espírito")

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