"Indiscutivelmente, em todas as paisagens da Terra, observamos fardos e
prisões que atormentam a vida...
Algemas de ódio, cristalizando a treva em torno das almas...
Algemas de egoísmo, enregelando corações...
Algemas de vingança, estabelecendo perturbações e discórdia...
Algemas do azedume, provocando amargura e enfermidade...
Algemas da ignorância, gerando chagas de penúria...
Na vida social, permanece a criatura encadeada a deveres que lhe martirizam
a existência, tanto quanto no lar, antigos companheiros que ontem se
acumpliciavam na crueldade, hoje se prendem uns aos outros em tremendos
conflitos expiatórios...
Cada espírito renasce no berço com as algemas que forjou para si mesmo no
passado próximo ou remoto, a fim de realizar a caminhada regeneradora
através de lutas e problemas edificantes até o túmulo, para que o túmulo
seja preciosa emancipação.
Recorda o Cristo, o grande libertador, e apresenta-lhe, cada dia, com o suor
do próprio trabalho, os grilhões que porventura te releguem à inibição. E,
seguindo-lhe os passos na senda de amor que serve e perdoa sempre,
compreenderás que, se a Terra em muitos casos ainda é a penitenciária do
sofrimento, podes romper os cárceres que te guardam na sombra, deles
fazendo a escola do reajuste e a escada da ascensão desde hoje."
("Instrumentos do Tempo", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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