"Ensinaste paciência, amparando inúmeros ouvintes, no entanto, se em teus dias de provação tombaste na sombra da inconformidade e da rebeldia, debalde te reportaste aos lauréis da serenidade e da tolerância, em se tratando de ti.
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Destacaste o valor das dificuldades, nas trilhas do mundo, induzindo muita gente à aceitação dos próprios deveres, todavia, se, à frente dos obstáculos que te obscureceram a senda, entraste em amargura e desesperação, não te valeram as teorias esposadas, em matéria de paz e compreensão.
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Hipotecaste afeto aos seres queridos, propiciando-lhes alegrias e bênçãos, mas se nos dias de separação e mudança, caíste em desânimo e revolta, o amor autêntico ainda não te habita os domínios do ser.
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Exaltaste a fé, sustentando legiões de companheiros da Humanidade, entretanto, se, em seu próprio tempo de aflição, te desnorteias-te nos cipoais da desorientação e da dúvida, o estado de confiança na Divina Providência te haverá sido mero ensaio, a longa distância da sublime realização.
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Ensina e ajuda sempre, a benefício dos semelhantes, porquanto instruir e reconfortar constituem preciosos investimentos na Contabilidade do Universo, garantindo-te altos rendimentos na estrada a percorrer.
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Certifica-te, porém, que se as vicissitudes da Terra te furtam os valores do espírito e ainda te vês sem calma nas tribulações; sem entendimento na angústia; sem ternura pelos entes amados, quando chega a hora de crise em tuas construções afetivas; e sem apoio íntimo, nos momentos de aflição, isso é sinal de que ainda não reténs contigo semelhantes talentos, de vez que, em verdade, só possuímos os tesouros da alma que foram tremendamente sacudidos pelos sofrimentos da vida e ficaram em nós no tempo do coração."
(Emmanuel, na obra “Passos da Vida”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos diversos)
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