"O que tapa o ouvido ao clamor do
pobre,
também clamará e não será
ouvido."
(Pv. 21, v.
13)
"Articulemos sons pela palavra. É bom vigiarmos, para que
eles sejam de confiança, levando o ânimo aos fracos, orientando os sem rumo, e
apaziguando os atribulados.
Saber ouvir o semelhante é princípio de tolerância.
Saber discernir o que ouvimos é possibilitar a solidariedade. E saber ajudar,
nesse clima, é trabalho dos mais nobres na vida.
Das coisas pequeninas, as grandes são congênitas. De
pequenas notas, sabiamente postas, é que se faz a música. De poucos sons da
palavra evangelizada é que fundamentamos no coração sofredor e triste a grande
esperança da felicidade.
A caridade nos pede para ouvir o impaciente, para
compreender o ignorante, para ajudar o desesperado e amar, sem cogitar quem está
sendo amado.
Faze que a tua palavra seja musical, mas lembra-te:
plasma nela o teu amor, a tua alegria, a tua paz, a tua fé, a tua esperança,
porque, assim, estarás recebendo tudo isso, em primeira
mão.
Não te faças de surdo, diante do clamor do próximo.
Verifica o que está ele querendo, e faze o que estiver ao teu alcance, em favor
dos que te buscam, para que amanhã, não falte quem te
auxilie."
(“Gotas de Paz”, Carlos/João Nunes
Maia)
Sem comentários:
Enviar um comentário