"No fundo, o adversário gratuito , que se converte
em perseguidor contumaz e sistemático, amargando tuas horas e anatematizando
teus esforços dirigidos para o bem, não deve receber tua reação
negativa.
Justo te precatares contra a irritação e a cólera, em
relação a ele.
Não poucas vezes sentirás a presença da revolta e dos
nervos em desalinho, face à constrição que te é infligida, convertendo-se em
duro acicate ao ódio ou pelo menos ao revide. Apesar disso, arma-te de paciência
e age com prudência.
O vendaval enrija as fibras do arvoredo, o fogo purifica
os metais, a drenagem liberta o lodo, o cinzel aprimora a pedra e a dor acrisola
o espírito.
Observado pela má vontade e contundido pela
impulsividade dos perseguidores será convidado, ao exercício da abnegação e da
humildade, preciosas virtudes mediante as quais resgatarás dívidas de outra
procedência, enquanto eles, a seu turno, despertarão para a responsabilidade
depois.
Porque te persigam, não é lícito te convertas em sicário
também.
Todos nos encontramos na Terra em exercício de
sublimação espiritual.
Embora te sintas arder nas provocações e sofrer pelas
injustiças impostas não te cumpre qualquer revide
infeliz.
Apazigua as paisagens íntimas e prossegue dedicado aos
misteres abraçados.
Enquanto te fiscalizem, acusem, duvidem de ti,
utilizarás mais a prudência e a temperança auferindo maior soma de
benefícios.
No fragor da perseguição, oferta a tua prece de gratidão
em favor dos que se converteram em inimigos gratuitos da tua paz, reservando-te
caridade para com eles.
Se insistires desculpando-os, constarás que, não
obstante, desconheçam, fazem-se teus mestres ignorados, graças a cuja permanente
antipatia ascenderás na direção do Grande Incompreendido da Humanidade que
prossegue até hoje esperando por todos nós."
(“Leis Morais da Vida”, Joanna de Ângelis/Divaldo
Pereira Franco)
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