"Cada vez que reportamos aos serviços da cura, é
justo pensar nos enfermos, que transcendem o quadro da diagnose
comum.
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Enxameiam, aflitos, por toda parte, aguardando
medicação.
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Há os
que cambaleiam de fome, a esmolarem doses de alimentação
adequada.
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Há os
que tremem desnudos, requisitando a vestimenta em roupa
conveniente.
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Há os
que caem desalentados, a esperarem pela injeção do
bom-ânimo.
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Há os
que se arrojaram nos tormentos da culpa, rogando tranquilizantes do
esquecimento.
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Há os
que se conturbam nas trevas da obsessão a pedirem palavras de luz por drágeas de
amor.
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Há os
que choram de saudade nos aposentos do coração, suplicando a bênção do
reconforto.
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Há os
que foram mentalmente mutilados por desenganos terríveis, a suspirarem por
recursos de apoio.
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E há, ainda, aqueles outros que se
envenenaram de egoísmo e frieza, desespero e ignorância, exigindo a terapêutica
incessante da desculpa incondicional.
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Auxilia, dessa forma, os doentes, mas não desprezes os
doentes da alma, que caminham na Terra aparentemente robustos, carregando
enfermidades imanifestas que lhes consomem o pensamento e desfiguram a
vida.
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Todos
podemos ser instrumentos do Bem, uns para com os
outros.
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Não
esperes que o companheiro se acame prostrado ou febril para estender-lhe
esperança e remédio.
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Auxilia-o, hoje mesmo, sem humilhar ou ferir, de vez que
a verdadeira caridade, tanto quanto possível, é tratamento indolor da
necessidade humana.
Os Emissários do Cristo curam os nossos males em divino silêncio.
Diante dos outros, procedamos nós igualmente assim."
(“Levantar e seguir”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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