"Quando esse ou aquele companheiro se nos distancia, deixando-nos a sós na Seara
do Bem, habitualmente a nossa reação inicial é de choque e
desagrado.
Recordamos para logo os votos em comum, as atividades partilhadas, as esperanças
e os sonhos das horas primeiras...
Entretanto, embora devamos resguardar intacto o amor por eles, , não é o
sentimento negativo de amargor ou censura que a vida espera de nós outros,
nessas circunstâncias.
É
preciso entendê-los e acatá-los, antes de tudo. Lembrá-los no bem que nos
fizeram, nas luzes que acenderam. E, ante a ausência, considerar as possíveis
razões que a ditaram.
*
Esse se
viu defrontado por obstáculos que não logrou vencer; aquele entrou a
experimentar enfermidade complexa; outro não achou em si a força necessária para
garantir a própria esperança, e outro ainda passou imperceptivelmente a faixas
de obsessão oculta. E se integramos determinada equipe de trabalho, como
condenar os companheiros doentes ou acidentados em serviço?
Claro
que, em se verificando isso, nos cabe o dever de entregá-los a organizações
capazes de restaurá-los, e continuar trabalhando, substituindo-os, quanto nos
seja possível, na empresa em andamento.
*
Diante
dos amigos que nos deixam nas frentes da luta edificante procuremos honrá-los e
abençoá-los com os nossos melhores pensamentos de carinho e de gratidão. E
reconhecendo, acima de tudo, que nos achamos todos submetidos à Sabedoria e à
Misericórdia do Senhor, compete-nos a obrigação de compreender-nos e
auxiliar-nos, uns aos outros, em quaisquer circunstâncias, na certeza de que, o
Senhor nos permite a mudança de atividade quando assim desejamos — e já nos
achamos credenciados para colaborar com ele, nas construções do Evangelho —,
isso se verifica a fim de que aprendamos, na escola da experiência, a servi-lo
na Obra de Redenção e Aperfeiçoamento do Mundo, sempre mais, e
melhor."
(“Rumo
Certo”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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