"Ampara-nos, Senhor,
Este repouso de amor
Em que a paz nos descansa
Porto, refúgio, lar,
Em que podemos cultivar
As bênçãos da esperança.
Perante a caridade por dever,
Faze-nos perceber
Que nesta casa em que nos
aconchegas,
A todos nos entregas
A bendita oficina
Que nos renove a fé na Bondade
Divina.
De rotina em rotina
E surpresa em surpresa,
Deixa-nos discernir
Que, em contemplando a própria
Natureza,
Da rocha mais hostil ao solo mais
fecundo,
Tudo é auxílio na lei
Se te atende na estrada ao lema de
servir.
Tudo é auxílio na lei
Do firmamento ao chão...
Serve o Sol, serve o mar sem derramar-se em
vão,
O tronco não devora os frutos que
oferece,
A fonte ajuda e passa em sussurros de
prece,
O vento ampara a flor, a flor perfuma a
vida,
Faz-se pão e celeiro a semente
esquecida...
Ajuda-nos, Senhor, a repartir o
bem
Sem traçar condições, sem perguntar a
quem...
Aspiramos a ser contigo, dia a
dia,
Bálsamo, reconforto, união,
alegria,
Agasalho do templo e coração da
escola,
O prato que alimenta e o verbo que
consola...
Concede-nos o dom de cooperar
contigo,
Trabalhar e seguir pelo teu braço
amigo.
Tanto à luz do porvir quanto na luz de
agora,
Faze, por fim, Senhor,
Que a nossa casa seja, hora por
hora,
Um caminho de fé para o Reino do
Amor."
(Maria Dolores, na obra “Encontro de Paz”, de Francisco Cândido
Xavier
- Espíritos
Diversos)
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