"Meus amigos.
Agradeçamos na luta o clima renovador.
Nela possuímos o celeiro da experiência, onde o espírito é capaz de amealhar os tesouros incorruptíveis da sabedoria e do amor.
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A luta é alimento, pão da alma, força de crescimento do ser para a vida maior.
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Sem que a vida e as morte estabeleçam conflito na Terra, a imortalidade não se divinizaria para os homens.
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É necessário que a claridade combata a sombra, que a alegria sobrepuje o sofrimento, que a esperança fustigue a descrença, a fim de que possamos selecionar os valores que nos habilitem à vitória espiritual a que nos destinamos.
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No mundo terrestre — bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual — tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
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Do atrito nasce a luz, quanto o equilíbrio nasce do esforço de adaptação.
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É imperioso que nos resignemos a perder quanto signifique roupagem servida e inútil para que nosso espírito avance, no turno da transformação para as luzes mais altas.
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Sem que a semente abandone o envoltório, não há germinação para a sementeira; sem o calor asfixiante o vaso nobre deixaria de existir; e, sem o cinzel que martiriza a pedra selvagem, a obra-prima da escultura jamais seria arrancada à matéria bruta para o nosso ideal de beleza.
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Somos, porém, mais que a semente, mais que o vaso, mais que a estátua...
Somos filhos de Deus, em desenvolvimento, que podemos acelerar, aceitando as injunções da luta, ou que podemos atrasar, com a nossa preferência pelo repouso ou pela inércia.
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Abracemos os nossos deveres, ainda que pesados, porque somente da cruz que é nossa, do testemunho que nos fala de perto e do Calvário que nos pertence é que surgirá para a nossa vida a eterna ressurreição."
(Aires de Oliveira, na obra “Comandos do Amor”, de Francisco Cândido Xavier – Espíritos Diversos)
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