quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
"O CONQUISTADOR DIFERENTE"
"...Ainda hoje, os conquistadores modernos, depois dos aplausos de milhões de
vozes, após a dominação em que se fazem sentir, magnânimos para os seus amigos e
cruéis para os adversários, espalhando condecorações e sentenças condenatórias,
caem ruidosamente dos pedestais de barro, convertendo-se em malfeitores comuns, a
serem julgados pelas mesmas vozes que lhes cantavam louvores na véspera.
Todos eles, dominadores e tiranos, passam no mundo, entre as púrpuras do
poder, a caminho os mistérios do sofrimento e dos desencantos da morte. Em verdade,
sempre deixam algum bem no campo das relações humanos, pelas novas estradas
abertas e pelas utilidades da civilização, cujo aparecimento aceleram; todavia, o
progresso amaldiçoa-lhes a personalidade, porque as lágrimas das mães, os soluços
dos lares desertos, as aflições da orfandade, a destruição dos campos e o horror da
natureza ultrajada, acompanham-nos, por toda parte, destacando-os com execráveis
sinais.
Um só conquistador houve no mundo, diferente de todos pela singularidade de
sua missão entre as criaturas. Não possuía legiões armadas, nem poderes políticos,
nem mantos de gala. Nunca expediu ordens e soldados, nem traçou programas de
dominação. Jamais humilhou e feriu. Cercou-se de cooperadores aos quais chamou
“amigos”. Dignificou a vida familiar, recolheu crianças desamparadas, libertou os
oprimidos, consolou os tristes e sofredores, curou cegos e paralíticos. E, por fim, em
compensação aos seus trabalhos, levados a efeito com humildade e amor; aceitou
acusações para que ninguém as sofresse, submeteu-se à prisão para que outros não
experimentassem a angústia do cárcere, conheceu o abandono dos que amava,
separou-se dos seus, recebeu, sem revolta, ironias e bofetadas, carregou a cruz em
que foi imolado e na sua morte passou por ser a de um ladrão.
Mas, desde a última vitória no madeiro, tecida em perdão e misericórdia,
consolidou o seu infinito poder sobre as almas, e, desde esse dia, Jesus Cristo, o
conquistador diferente, começou a estender o seu divino império no mundo,
prosseguindo no serviço sublime da edificação espiritual, no Oriente e no Ocidente, no
Norte e no Sul, nas mais cariadas regiões do Planeta, erguendo uma Terra
aperfeiçoada e feliz, que continua a ser construída, em bases de amor e concórdia,
fraternidade e justiça, acima da sombria animalidade do egoísmo e das ruínas geladas
da morte."
(Irmão X, na obra"Antologia Mediúnica do Natal", Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário