"Ante os impactos emocionais do
cotidiano, estimarias construir a segurança íntima, a fim de que a serenidade se
te faça constante cidadela defensiva e podes, indiscutivelmente, construir
semelhante refúgio.
***
Inicia a edificação da própria paz,
observando que todos necessitamos pensar por nós mesmos, embora sabendo que
somos influenciáveis pelas ideias alheias.
***
Aceitando-nos na condição de
parcelas da imensa família humana, verificaremos que as nossas dificuldades não
são maiores que as dos outros.
***
Integrando a comunidade terrestre,
suscetível de adotar numerosos enganos em razão do aprendizado em que nos
encontramos, somos impelidos a entender que não estamos isentos de cometer
determinados erros e que isso é compreensível, à maneira do sinal vermelho, no
trânsito comum, convidando-nos a parar, de modo a seguirmos adiante, em espaço
imune de riscos.
***
Alertados pelo impositivo de atender ao caminho que nos
seja próprio, aprenderemos que a estrada dos entes mais queridos pode ser muito
diferente da nossa.
***
Admitindo cada criatura por
transeunte ou viajor no carro da própria existência, saberemos zelar por nossas
diretrizes, sem interferir na condução do próximo.
***
Partilhando a realidade de todos,
ser-nos-á fácil reconhecer que, os contratempos que nos ocorram, talvez
igualmente aconteçam na marcha dos seres que amamos, competindo-nos auxiliá-los,
tanto quanto desejamos ser auxiliados na solução de nossos
problemas.
***
A convicção de que todos nos
achamos em caminho, buscando realizações mais ou menos idênticas entre si, sob
riscos análogos, nos podará qualquer impressão de privilégio, à frente dos
companheiros da Humanidade, com os quais precisamos estar em paz, na garantia da
própria segurança.
***
Reflete nisso e concluirás que esse
ou aquela viajor no mundo tem necessidade de proteger a viatura que lhe diga
respeito, de maneira a não suscitar desastres que ameacem aos outros e a si
mesmo.
***
A serenidade habitará conosco, na
Terra, quando aí compreendermos que toda criatura irmã tem o seu próprio corpo,
com os sonhos, compromissos, realizações e iniciativas a que se associe, o que
nos afastará dos julgamentos precipitados e das condenações indébitas, para que
estejamos em plena vivência da regra áurea, cuja prática é o coração da
felicidade a fim de que estejamos na felicidade do coração."
***
(“Calma”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
Sem comentários:
Enviar um comentário