terça-feira, 27 de março de 2012

"Cada palavrão..."

"Cada palavrão desferido por uma boca frouxa, acostumada aos xingamentos como forma de desafogo, é comparável a um caminhão de lixo que verte sua caçamba no interior do ambiente, repercutindo, não apenas nas vibrações escuras que ficam reverberando pela atmosfera do lar, como atingem a cada um dos seus integrantes, na medida de suas sensibilidades, produzindo mal-estar, revolta, depressão, sofrimento, lágrima,raiva, ou desencadeando nova onda de palavras chulas que os outros possam atirar-lhe em forma de revide verbal ou mental.


Não bastando isso, a degeneração fluídica que uma única expressão é capaz de iniciar, pode abrir as portas da estrutura familiar Dará o ingresso de um sem número de Espíritos inferiores que, posicionados nos arredores, acompanhando outras pessoas na calçada, ou mesmo perambulando sem rumo na rua, se vêem atraídos por aquele choque magnético que eles identificam como uma assinatura fluídica inferior a atraí-los para o ambiente no qual encontrarão os hábitos e assuntos a que se afeiçoaram.


Desse jeito, a casa vai sendo ocupada por todo tipo de entidades sofridas ou maldosas que, por sua vez, saem em busca de seus amigos e os trazem para a nova moradia,piorando o estado geral da vibração coletiva, produzindo um aprofundamento dos problemas psíquicos de seus membros, empesteando os fluidos ali existentes, e assessorando aqueles com os quais mantenham uma afinidade maior, por causa dos hábitos mentais descontrolados ou invigilantes de um único de seus moradores."


("Despedindo-se da Terra", Lucius/André Luiz Ruiz)

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