sábado, 25 de fevereiro de 2012

"JUQUINHA"

 "Noite alta... Por fora de um telheiro,


O pequeno Juquinha morre ao vento...


Enjeitado e sozinho... Está sedento, 


Nas aflições do instante derradeiro.





Lembra os dias de humilde jornaleiro,


Pensa vender notícias ao relento,


Geme e delira, olhando o firmamento.


Nisso, aparece um jovem no terreiro...





Vem de manso e convida: — “Vem, Juquinha!...”


O pobre larga o corpo a que se aninha...


— “Quem é você?” — pergunta, ri-se e chora!...





— “Sou Jesus!...” — diz o moço, ao dar-lhe o braço...


E os dois sobem na luz do imenso espaço,


Numa estrada de lírios cor da aurora”...





(Cornélio Pires, na obra  “POETAS REDIVIVOS”, Autores Diversos/Francisco Cândido Xavier)

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