domingo, 26 de fevereiro de 2012

"JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES"


"3 .As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra
somente podem realizar-se na vida futura. Sem a certeza do futuro,
estes ensinamentos morais seriam um contra-senso, ou, bem mais do
que isso, seriam uma enganação. Mesmo com essa certeza, fica difícil
de se entender a utilidade do sofrimento para ser feliz. Diz-se que é
para ter mais mérito. Mas, então, surge a pergunta: Por que uns sofrem
mais do que outros? Por que uns nascem na miséria e outros na
riqueza, sem nada terem feito para justificar essa posição? Por que
para uns nada dá certo, enquanto para outros tudo parece sorrir? E
o que ainda fica mais difícil de entender é ver os bens e os males
tão desigualmente divididos entre viciosos e virtuosos e ver os bons
sofrerem ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode
consolar e proporcionar paciência, mas não explica estas
desigualdades, que parecem desmentir a justiça de Deus.
Entretanto, desde que se admita a existência de Deus, só se
pode concebê-Lo em suas perfeições infinitas. Ele deve ser todo
poderoso, todo justiça, todo bondade, sem o que não seria Deus.
Se Deus é soberanamente bom e justo, não pode agir por capricho
nem com parcialidade. As contrariedades da vida têm, pois, uma
causa e, uma vez que Deus é justo, essa causa deve ser justa. Eis do
que cada um deve se convencer: Deus, pelos ensinamentos de
Jesus, colocou os homens no caminho da compreensão dessa
causa, e hoje considera-os suficientemente maduros para
compreendê-la. Eis porque a revela inteiramente pelo Espiritismo,
ou seja, pela voz dos Espíritos."
("O Evangelho Segundo o Espiritismo", Capítulo V - "Bem-Aventurados os Aflitos")

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