"Em verdade, o nosso tempo, na
atualidade terrestre, é de muitos conflitos e manifestas perturbações.
Anotemos, no entanto, que a
ausência do perdão reúne as parcelas de nossas relações negativas, e
apresenta-nos a soma inquietante que se transforma em caminho para a guerra.
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Os atritos do lar, as
reclamações que se espalham, ressaltam da incompreensão, em que se especifica,
entre os homens, a dureza dos corações de uns para com os outros.
Aqui, é a irritação que
prepara ambiente à enfermidade, ali, é a falta de aceitação com que nos
desligamos da humildade, é a prepotência pessoal favorecendo o orgulho de
quantos intentam ser um fator de poder mais forte do que aqueles outros irmãos
que lhes partilham a vida.
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Lemos, sensibilizados, algo
em torno das reuniões notáveis dos nossos homens de orientação ou de Estado,
quando se congregam para discutirem os problemas da Paz.
É natural nos emocionemos com
as primorosas declarações deles e com a grandeza de suas promessas e decisões.
Acontece, porém, que no
desdobramento das horas, eles não são os personagens de nosso convívio... Longe
deles, angariamos, com a bênção de Deus, o nosso pão de cada dia e sem eles é
que nos vemos uns aos outros, nos modos diversos em que nos mantemos no
cotidiano.
Admiramos as personalidades
da televisão e das mostras de valores artísticos, entretanto, necessitamos
aprender como tratar as nossas crianças e jovens na intimidade.
Muita gente gaba os feitos de
grandes desportistas, como aconteceu à frente daqueles que venceram as
distâncias e foram até a Lua. Sucede, contudo, que não vivemos com eles,
conquanto mereçam a nossa melhor consideração.
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Somos chamados a saber de que
maneira minimizar as dificuldades de grandes incidências entre as paredes de
nosso mundo doméstico.
Sejamos benevolentes para com
todos aqueles que nos compartilham a vida.
Toleremo-nos, sabendo que
hoje desculpamos a falta de alguém e talvez amanhã sejamos nós os necessitados
de benevolência e tolerância. Diz o texto desta noite: “Perdoemos para que Deus
nos perdoe.”
Coloquemos a nossa atenção
nesta máxima e desculpemos uns aos outros, tantas vezes quantas se façam
necessárias. E que o Pai Misericordioso a todos nos releve em nossas falhas e,
compadecidamente, nos abençoe."
(Emmanuel, na obra “Esperança e Luz”, Francisco Cândido Xavier – Autores diversos)
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