terça-feira, 15 de setembro de 2015

"OLHAI OS LÍRIOS"

“...Considerai como crescem os lírios do campo...”
— Jesus (Mateus, 6:28)

“Olhai os lírios do campo...” — exortou-nos Jesus.
       A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.
-o-
       Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.
-o-
       Não fiam nem tecem para se mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.
-o-
       Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.
-o-
       Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.
-o-
       Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.
-o-
       Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.
-o-
       E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.
-o-
.............................................................................
       Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem."
(“Aulas da Vida”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

Sem comentários:

Enviar um comentário