"Quem pede
a riqueza material e não se previne contra as tentações da ociosidade e do
egoísmo, certamente obtém a fortuna, de mistura com amargas provações.
Quem pede a beleza física e
não trabalha contra a vaidade, costuma receber a graça do equilíbrio orgânico
em associação com dolorosas inquietudes.
Quem roga o bastão da
autoridade e não se imuniza contra o vírus da tirania e da violência, sem
dúvida guardará o poder humano, entre nuvens de maldição e de sofrimento.
Quem solicita os favores da
inteligência e não se esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho,
adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que
arrojam a alma invigilante nos despenhadeiros do remorso tardio.
Não é a riqueza material que
fere os interesses do Espírito e sim o mau uso que fazemos dela.
Não é a forma aprimorada que
perturba a consciência e sim a nosso atitude condenável, na mobilização dos
favores da vida.
Não é o poder que humilha a
alma e sim a nossa conduta menos digna dentro das aplicações dos recursos que
lhe dizem respeito.
Não é a inteligência que nos
projeta ao abismo do infortúnio e sim a nossa diretriz reprovável nos abusos do
raciocínio.
“Pedi e obtereis”. — ensinou
o Mestre.
Depende de nossa solicitação
a resposta do bem ou do mal.
Tudo é bom para quem cultiva
a bondade, tudo é puro para quem guarda a pureza do coração.
Quem se ilumina, jamais luta
com as trevas que lhe fogem à presença brilhante.
Sirvamos, pois, a Deus, onde
estivermos, procurando com o serviço incessante do bem descobrir-lhe a Divina
Vontade, de modo a cumpri-la hoje, aqui e agora, em favor de nossa própria
felicidade."
(“Escrínio de Luz”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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