"19. E sendo morto Herodes, eis que o anjo do Senhor apareceu em sonhos a José no Egito.
20. Dizendo: Levanta-te e toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque são mortos os que buscavam o menino para o matar.
21. José, levantando-se, tomou o menino e sua mãe e veio para a terra de Israel.
22. Mas ouvindo que Arquelao reinava na Judéia em lugar de seu pai
Herodes, temeu ir para lá; e avisado em sonhos se retirou para as partes da Galiléia.
23. E veio morar numa cidade que se chama Nazaré; para se cumprir o que fora dito pelos profetas: Que será chamado Nazareno." - Mateus
"Em preservar a vida do menino, defendendo-o de seus perseguidores,
devemos admirar a obediência de José, esposo de Maria e pai de Jesus.
Obedecendo às intuições de seus guias espirituais e ao seu anjo da
guarda, José rendeu um preito de adoração e de veneração a Deus, nosso Pai.
Se José não tivesse obedecido às inspirações superiores, teria falhado na
missão que lhe fora conferida de velar pela infância de Jesus.
Observemos aqui a ação maravilhosa da mediunidade. Os magos, José e
Maria, receberam as ordens dos planos superiores por meio da mediunidade
que possuíam. Por aí vemos que todo médium que trata amorosamente de sua
mediunidade e sabe obedecer às inspirações de seus superiores espirituais,
tem, na própria mediunidade, um arrimo seguro para triunfar de suas provas e
de suas expiações na Terra."
("O Evangelho dos Humildes", Eliseu Rigonatti)
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
terça-feira, 29 de setembro de 2015
"VERBO NOSSO"
“Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu Irmão será réu de juízo”. – Jesus.
(Mateus, 5:22.)
“O corpo não dá cólera àquele que não a tem, do mesmo modo que não dá os outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são inerentes ao Espírito”.
(ESE, Cap. 10, 10.)
"Ainda as palavras.
Velho tema, dirás.
E sempre novo, repetiremos.
É que existem palavras e palavras.
Conhecemos aquelas que a filologia reúne, as que a gramática disciplina, as que a praxe entretece, as que a imprensa enfileira...
Referir-nos-emos, contudo, ao verbo arroja de nós, temperado na boca com os ingredientes da emoção, junto ao paladar daqueles que nos rodeiam.
Verbo que nos transporta o calor do sangue e a vibração dos nervos, o açúcar do entendimento e o sal do raciocínio.
Indispensável articulá-lo, em moldes de firmeza e compreensão, a fim de não resvale fora do objetivo.
No trabalho cotidiano, seja ele natural quanto o pão simples no serviço da mesa; no intercâmbio afetivo, usemo-lo à feição de água pura; nos instantes graves, façamo-lo igual ao bisturi do cirurgião que se limita, prudente, à incisão na zona enfermiça, sem, golpes desnecessários; nos dias tristes, tomemo-lo por remédio eficiente, sem fugir à dosagem.
Palavras são agentes na construção de todos os edifícios da vida.
Lancemo-las, na direção dos outros, com o equilíbrio e a tolerância com que desejamos venham elas até nós.
Sobretudo, evitemos a ironia.
Todo sarcasmo é tiro a esmo.
E sempre que irritação nos visite, guardemo-nos em silêncio, de vez que a cólera é tempestade magnética, no mundo da alma, e qualquer palavra que arremessamos, no momento da cólera, é semelhante ao raio fulminatório que ninguém sabe onde vai, cair."
("Livro da Esperança, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
"CRISTO-PROGRESSO"
"Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos,
entretanto, daqueles que creem, para a conservação da alma." Hebreus, 10:39
"Cristo-Progresso deve
ser a interpretação da vida de Jesus na Terra. Desde a progênie d sua existência
no mundo físico foi estimulando o progresso em todas as divisões do saber. Os
sacerdotes criaram dificuldades para disseminação dos seus conceitos, por
existir progressão de valores; as qualidades de esclarecimento ultrapassavam os
antigos escritos, cujos conceitos já careciam de modelação, à altura do
empuxo evolutivo das criaturas.
O Mestre trabalhava até
na economia de falar e escrever. De longas orações em lugares pré-estabelecidos
pelos homens, ensinou aos discípulos a prece simples do Pai Nosso, transformou
os dez mandamentos em apenas dois, e afirmou que ali estavam a lei e os
profetas. No lugar de antigos e esticados rituais dos mestres das sinagogas, em
templos suntuosos, pregava a Boa Nova do Reino de Deus em plena natureza, tendo
como teto, frondosas árvores onde, em vez de esculturas e desenhos artísticos,
o próprio firmamento com as imagens das estrelas era o visual celeste.
O Cristo era apologista
do aperfeiçoamento dos homens e das coisas, não tendo vindo destruir as leis,
mas dar-lhes cumprimento. Vale dizer que a evolução é a ascensão da própria
lei: a justiça animada por Moisés. Ele transmutou em amor e, por vezes, em
perdão. Tudo em Jesus avança. Ele mesmo disse ser maior do que Moisés. E nós
dizemos: Ele é maior do que todos os sábios e santos juntos, pois foi Ele quem
organizou todas as falanges dirigidas pelos profetas. Jesus, depois de Deus, é
o responsável supremo de toda a organização da Terra, do princípio até agora, e
de agora até o fim.
Em nada há retrocesso;
tudo busca a perfeição infinita de Deus. A luta dos anciãos com a juventude é
uma prova da evolução, e por isso deve ser regulada: os jovens querem expandir
sem regular, e os velhos, muitas vezes, parar sem compreender; destas duas
forças nasce uma terceira que coloca o avanço no centro, onde deve ficar para
benefício de todos, pois o caminho do meio é o melhor.
Cristo-Progresso define
a Sua posição diante de todas as dificuldades, porque somente o progresso,
impulsionado pelas Suas mãos, pode resolver a situação difícil da humanidade.
Mudar é uma arte divina, onde a esperança cresce e o amor fecunda as criaturas
com a luz da vida; quem já é consciente e está sentindo os valores da evolução
não quer olhar para trás; aceita, por vezes o sacrifício, mas deseja progredir.
Quem ainda alimenta o ódio nas suas diretrizes de vida, o progresso colocará o
seu coração pulsando pelo amor; e quem trilha os caminhos difíceis da vingança,
receberá, pela dor, o perdão, que restabelecerá suas forças diante das lutas. O
apego constante que o homem primitivo assinala como natural, será substituído,
pelo tempo com Jesus, pelo desprendimento que favorece a libertação.
O progresso é a luz do
sol, é a chuva e o ar, é o próprio alimento da alma e do corpo, É Jesus, em sua
missão de amor por todos nós, inesquecível em nossas consciências, porque...
Nós, porém, não somos
dos que retrocedem, para a perdição; somos, entretanto, daqueles que creem,
para a conservação da alma."
(“Cristos”, Miramez/João Nunes Maia)
domingo, 27 de setembro de 2015
"CORAGEM"
"Conservar a coragem por
luz acesa, no centro de nossa alma, é serviço que apenas a fé invencível
consegue realizar.
Coragem de transpor os
espinheiros e os charcos da jornada humana...
Coragem de sorrir
compadecidamente para aqueles que nos magoam...
Coragem para ajudar aos
que nos ferem...
Coragem de recomeçar a
construção dos nossos ideais sobre as ruínas de nossos próprios sonhos...
Coragem de prosseguir
amando aqueles que se convertem, irrefletidamente, em adversários gratuitos de
nossa paz...
Coragem de usar a
tolerância para com o mal dos outros e de aplicar a justiça para com o mal de
nós mesmos...
É para essa coragem que
Jesus nos chama, da cruz de sacrifício em que nos legou o supremo perdão.
É preciso saber com Ele
“tudo perder para tudo encontrar”.
E, nas chagas de cada
dia, sobre a Terra, surpreendemos o abençoado ensejo de alijar as sombrias
cargas de nosso pretérito culposo para fruir a verdadeira felicidade a que o
Céu nos destina.
Para alcançarmos
semelhante vitória, porém, é necessário que a coragem seja a nossa companheira
de todos os instantes no pedregoso caminho de nossa ascenção.
Não podemos dispensar o
bom ânimo nas tarefas a que fomos arrebatados.
Procuremos observar a
vida não como a “existência fragmentária no século”, mas sim em sua totalidade
sublime. E estejamos certos de que na contemplação dessa realidade, viveremos
conformados ante os Desígnios de Deus que, pouco a pouco, ante a extinção das
causas de nossos padecimentos morais, nos modificarão a estrada no rumo
bem-aventurado do porvir."
(“Relicário de Luz”, Agar/Francisco Cândido Xavier)
sábado, 26 de setembro de 2015
"PERDÃO E VIDA"
"Em verdade, o nosso tempo, na
atualidade terrestre, é de muitos conflitos e manifestas perturbações.
Anotemos, no entanto, que a
ausência do perdão reúne as parcelas de nossas relações negativas, e
apresenta-nos a soma inquietante que se transforma em caminho para a guerra.
-x-
Os atritos do lar, as
reclamações que se espalham, ressaltam da incompreensão, em que se especifica,
entre os homens, a dureza dos corações de uns para com os outros.
Aqui, é a irritação que
prepara ambiente à enfermidade, ali, é a falta de aceitação com que nos
desligamos da humildade, é a prepotência pessoal favorecendo o orgulho de
quantos intentam ser um fator de poder mais forte do que aqueles outros irmãos
que lhes partilham a vida.
-x-
Lemos, sensibilizados, algo
em torno das reuniões notáveis dos nossos homens de orientação ou de Estado,
quando se congregam para discutirem os problemas da Paz.
É natural nos emocionemos com
as primorosas declarações deles e com a grandeza de suas promessas e decisões.
Acontece, porém, que no
desdobramento das horas, eles não são os personagens de nosso convívio... Longe
deles, angariamos, com a bênção de Deus, o nosso pão de cada dia e sem eles é
que nos vemos uns aos outros, nos modos diversos em que nos mantemos no
cotidiano.
Admiramos as personalidades
da televisão e das mostras de valores artísticos, entretanto, necessitamos
aprender como tratar as nossas crianças e jovens na intimidade.
Muita gente gaba os feitos de
grandes desportistas, como aconteceu à frente daqueles que venceram as
distâncias e foram até a Lua. Sucede, contudo, que não vivemos com eles,
conquanto mereçam a nossa melhor consideração.
-x-
Somos chamados a saber de que
maneira minimizar as dificuldades de grandes incidências entre as paredes de
nosso mundo doméstico.
Sejamos benevolentes para com
todos aqueles que nos compartilham a vida.
Toleremo-nos, sabendo que
hoje desculpamos a falta de alguém e talvez amanhã sejamos nós os necessitados
de benevolência e tolerância. Diz o texto desta noite: “Perdoemos para que Deus
nos perdoe.”
Coloquemos a nossa atenção
nesta máxima e desculpemos uns aos outros, tantas vezes quantas se façam
necessárias. E que o Pai Misericordioso a todos nos releve em nossas falhas e,
compadecidamente, nos abençoe."
(Emmanuel, na obra “Esperança e Luz”, Francisco Cândido Xavier – Autores diversos)
sexta-feira, 25 de setembro de 2015
"PEDI E OBTEREIS"
"Quem pede
a riqueza material e não se previne contra as tentações da ociosidade e do
egoísmo, certamente obtém a fortuna, de mistura com amargas provações.
Quem pede a beleza física e
não trabalha contra a vaidade, costuma receber a graça do equilíbrio orgânico
em associação com dolorosas inquietudes.
Quem roga o bastão da
autoridade e não se imuniza contra o vírus da tirania e da violência, sem
dúvida guardará o poder humano, entre nuvens de maldição e de sofrimento.
Quem solicita os favores da
inteligência e não se esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho,
adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que
arrojam a alma invigilante nos despenhadeiros do remorso tardio.
Não é a riqueza material que
fere os interesses do Espírito e sim o mau uso que fazemos dela.
Não é a forma aprimorada que
perturba a consciência e sim a nosso atitude condenável, na mobilização dos
favores da vida.
Não é o poder que humilha a
alma e sim a nossa conduta menos digna dentro das aplicações dos recursos que
lhe dizem respeito.
Não é a inteligência que nos
projeta ao abismo do infortúnio e sim a nossa diretriz reprovável nos abusos do
raciocínio.
“Pedi e obtereis”. — ensinou
o Mestre.
Depende de nossa solicitação
a resposta do bem ou do mal.
Tudo é bom para quem cultiva
a bondade, tudo é puro para quem guarda a pureza do coração.
Quem se ilumina, jamais luta
com as trevas que lhe fogem à presença brilhante.
Sirvamos, pois, a Deus, onde
estivermos, procurando com o serviço incessante do bem descobrir-lhe a Divina
Vontade, de modo a cumpri-la hoje, aqui e agora, em favor de nossa própria
felicidade."
(“Escrínio de Luz”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
quinta-feira, 24 de setembro de 2015
"PARCELAS DE VIDA"
"A boca do justo é manancial de vida, mas na boca dos perversos
mora a violência." Pv. 10, v. 11.
"A palavra é parcela de
energia oriunda da mente, que se acumula nas almas, por lei dos afins. E ela,
educada, realiza permuta entre os seres, que enriquecem a vida, por força do
amor.
O ser humano pensa, reflete e
fala. E a força espiritual disciplina o verbo, para que ele cresça; no
progresso, esplenda o Espírito em busca de outros dons.
A boca do homem evoluído e,
verdadeiramente, manancial de vida. Os sons articulados pela fala se harmonizam
com as leis de Deus, dando esperança, otimismo, alegria, saúde e paz a todos
que os ouvem. É música superior, senão orquestra divina, a fluir dos lábios.
As palavras também são
comparadas às armas perigosas; quando partem dos lábios de homens violentos,
são punhais que ferem, e corrosivos que destroem.
Quem já se entregou ao
aprimoramento da palavra é consciente do dever. E procura ser manso, justo,
honesto, caridoso, e sempre é dado ao cumprimento das leis, sintetizadas, pelo Cristo,
em apenas duas.
Lembra-te que a boca sempre
participou das grandes realizações dos homens, como, e certamente, das maiores
catástrofes da Terra. A palavra é como que uma cachoeira imensurável que,
sem roteiro delineado, causa grandes danos. Todavia, obedecendo à
disciplina, conforta, ilumina e, em toda a sua trajetória, irriga e aduba,
fazendo crescerem as plantas de Deus."
(“Gotas de Paz”, Carlos/João Nunes Maia)
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
"REINO ÍNTIMO"
"Que a Terra ainda é um mundo de expiações e testes constantes, não há que duvidar.
Dificuldades e obstáculos repontam de toda a parte. Entretanto, em qualquer situação, ser-nos-á possível criar um mundo à parte, em que a paz nos ilumine em direção do futuro.
*
Encontrarás, talvez, os que te golpeiam o coração, lesando-te o campo afetivo, qual se compromissos assumidos nada valessem, ante a dominação do prazer; contudo, podes assegurar a tranquilidade própria, com o esquecimento de semelhantes agressões, nas quais os agressores se fazem infelizes por eles mesmos.
*
Terás pela frente, em muitas ocasiões, a perseguição e a injustiça; no entanto, saberás imunizar-te contra os males do ressentimento, desculpando as injúrias.
*
Provavelmente, conhecerás grandes perdas da parte de amigos aos quais te empenhaste, de alma e coração; todavia, surpreenderás na própria fé a energia para reiniciar a construção de tua segurança, na certeza de que a cada um de nós a vida atribuirá isso ou aquilo, segundo as nossas próprias obras.
*
Perderás, talvez, afeições numerosas que te deixarão a sós, nos instantes difíceis, porém, saberás agir compreensivamente, buscando o bem, com o olvido de todo mal, e assim aprenderás a identificar os verdadeiros amigos, elegendo em teu favor uma seleção de companheiros capazes de amparar-te e de entender-te nos encargos que foste chamado a cumprir.
*
O mundo é um palco imenso de provas e tribulações, funcionando à maneira de escola em que se nos apresentam vários tipos de educação e aprimoramento, mas nessa área imensa de lutas, podes perfeitamente criar, nos recessos da alma, a fé e a serenidade, a coragem e a fortaleza que podem garantir a paz e a segurança dentro de ti."
(“Inspiração”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
terça-feira, 22 de setembro de 2015
"SE NUNCA"
"Se nunca sofreste
Lutando por alguma causa justa;
Se nunca erraste,
Atravessando a dor do desengano;
Se nunca viste a incompreensão, em torno de ti,
Aprendendo a entender os incompreendidos;
Se nunca choraste
Reconhecendo quanto doem as lágrimas alheias...
Decerto ainda dormes,
No berçário de amor da Natureza.
E ninguém consegue, por enquanto,
Predizer a hora em que despertarás
Para iniciar a viagem
Na direção da Luz Imperecível".
("Material de Construção", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
segunda-feira, 21 de setembro de 2015
"ADVERSIDADES E INSUCESSOS"
"Todos nos encontramos sujeitos ao que se convencionou chamar adversidade.
Uma tragédia, uma ocorrência marcante pela dor que produz, um acontecimento nefasto, a perda de uma pessoa querida constituem infortúnios que maceram.
Prejuízos financeiros, danos morais, enfermidades catalogadas como irreversíveis são adversidades desastrosas em muitas existências.
No entanto, se fosse encarada a vida sob o ponto de vista espiritual, o homem compreenderia a razão de tais insucessos e não se entregaria a desastres mais graves, quais a loucura e o suicídio, a fuga pelo álcool ou pelos tóxicos...
A existência física não transcorre qual nau sem rumo em mar encapelado.
Os atos anteriores e a conduta atual são-lhe mapa e rota para chegar ao destino pelo qual o indivíduo opta.
Realmente desastrosos são os males que se praticam em relação ao próximo, pois que eles irão fomentar as adversidades de amanhã, que são os inadiáveis resgates do infrator.
-o-
Trabalha para te impedires infortúnios, especialmente os atuais, que defluem da insensatez, da malversação de valores, da malquerença. Entretanto, se fores colhido por insucesso de qualquer natureza ou algum sinistro, assume um comportamento de equilíbrio e enfrenta-os com serenidade.
Tudo passa, às vezes, mais rápido do que se espera.
Contorna os danos causados e, se estiveres ferido no sentimento, confia no tempo, que te pensará a chaga, ajudando-te a sair do embate mais forte e com visão mais clara a respeito da vida.
Em qualquer circunstância, projeta-te mentalmente na direção do amanhã, vendo-te feliz como gostaria de estar.
Com essa imagem positiva, avança, superando o primeiro momento inditoso e o próximo, passo a passo, e te surpreenderás vitorioso, no alvo almejado."
(“Episódios Diários”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)
domingo, 20 de setembro de 2015
"SALDO E EXTRA"
"O homem comum, em todas as latitudes da Terra, guarda, habitualmente, o mesmo padrão de atividade normal.
Alimenta-se.
Veste-se.
Descansa.
Dorme.
Pensa.
Fala.
Grita.
Procria.
Indaga.
Pede.
Reclama.
Agita-se.
Em suma, consome e, muitas vezes, usurpa a fidelidade dos reinos que se lhes revelam inferiores.
É o serviço da evolução.
Para isso, concede-lhe o Senhor grande cota de tempo.
-x-
Cada semana de serviço útil, considerada em seis dias ativos, é constituída de 144 horas, das quais as criaturas mais excepcionalmente consagradas à responsabilidade gastam 48 em trabalho regular.
-x-
Nessa curiosa balança, a mente encarnada recebe um saldo de 96 horas, em seis dias, relativamente ao qual raríssimas pessoas guardam noção de consciência.
Por semelhante motivo, a sementeira gratuita da fraternidade e da luz se reveste de especial significação para o servidor do Cristo.
-x-
Enorme saldo de tempo, exige avultado sérvio extra.
-x-
Em razão disso, às portas da Vida Eterna, quando a alma do aprendiz, no exame de aproveitamento além da morte, alega cansaço e se reporta aos trabalhos triviais que desenvolveu no mundo, a palavra do Senhor sempre interrogará, inquebrantável e firme:
— “Que fizeste de mais?”
(“Endereços da Paz”, André Luiz/Francisco Cândido Xavier)
sábado, 19 de setembro de 2015
"AMENIDADE"
“Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra”. – Jesus.
(Mateus, 5:5.)
“A benevolência para com as seus semelhantes, fruto do amor ao próximo, produz a afabilidade e a doçura, que lhe são as formas de manifestar-se”.
(ESE, Cap. 9, 6.)
"Surgem, sim, as ocasiões em que todas as forças da alma se fazem tensas, semelhando cargas de explosivos, prestes a serem detonadas pelo gatilho da boca...
Momentos de reação, diante do mal, em que a fagulha da mágoa assoma do íntimo, aviventada pelo sopro do desespero.
Entretanto, mesmo que a indignação se te afigure justificada, reflete para falar.
A palavra não foi criada para converter-se em raio da morte.
Imagina-te no lugar do interlocutor.
Se houve deficiência no concurso de outrem, recorda os acontecimentos em que o erro impensado te marcou a presença; se algum companheiro falhou, involuntariamente, na obrigação, pensa nas horas difíceis, em que não pudeste guardar felicidade ao dever.
Em qualquer obstáculo, pondera que a cólera é bomba de rastilho curto, comprometendo a estabilidade e a elevação da vida onde estoura.
Indiscutivelmente, o verbo foi estabelecido para que nos utilizemos dele.
O silêncio é o guardião da serenidade, todavia, nem sempre consegue tomar-lhe as funções.
Isso, porém, não nos induz a transfigurar a cabeça num vulcão em movimento, arremessando lavas de azedume e inquietação.
Conquanto se nos imponha dias de franqueza e esclarecimento, é possível equacionar, harmoniosamente, os mais intrincados problemas sem adicionar o fogo da violência às parcelas da lógica.
Dominemo-nos para que possamos controlar circunstâncias, chefiemos as nossas emoções, alinhando-as na estrada do equilíbrio e do discernimento, de modo a que nossa frase não resvale na intemperança.
Guardar o silêncio, quando preciso, mas falar sempre que necessário, a desfazer enganos e a limpar raciocínios, entendendo, porém, que Jesus não nos confiou a verdade para transformá-la numa pedra sobre o crânio alheio e sim num clarão que oriente aos outros e alumie a nós."
("Livro da Esperança.", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
"NOS INSTANTES DIFÍCEIS"
"Nas dificuldades do dia-a-dia, esqueça os contratempos e siga em frente, recordando que Deus esculpiu em cada um de nós a faculdade de resolver os nossos próprios problemas.
A vida é aquilo que você deseja diariamente.
A renovação autêntica tem de começar em nós mesmos.
Você prepara o caminho de quaisquer ocorrências pensando em torno delas.
A palavra é porta de entrada para as suas realizações.
Carregar ressentimentos será bloquear os seus próprios recursos.
Encolerizar-se é dinamitar o seu próprio trabalho.
Não sofra hoje pela neurose que talvez lhe venha comprovar a compreensão e a resistência, em futuro remoto.
Os problemas existirão sempre ao redor de nós e apesar de nós.
Olvide ofensas e desgosto, tribulações e sombras e continue trabalhando quanto puder no bem de todos, recordando que o tópico mais importante do seu caminho será sempre servir."
("Respostas da Vida", André Luiz/Francisco Cândido Xavier)
"DEUS É CARIDADE"
"Não guardes e nem fales, coração,
Palavras de azedume ou desesperação.
O verbo que escarnece, esfogueia, envenena,
Traz em si mesmo a dolorosa pena
De amarga frustração!
Muitas vezes nós mesmos, trilha afora
No pensamento que se desarvora,
Nas teias da ilusão sem motivo ou sem base,
Para sair do mal e regressar ao bem
Precisamos apenas de uma frase
Do carinho de alguém!
Na dor que nos renova,
Quantas vezes na vida a gente espera
Simplesmente um sorriso,
Para fazer o esforço que é preciso,
Á fim de não perder nas lágrimas da prova
A paz da fé sincera!...
Pensa nisso e abençoa
Àquela própria mão que espanca ou aguilhoa.
Fel, tristeza, amargura,
Transformam desventura em maior desventura!
Se a mágoa te domina,
Observa a lição da Bondade Divina!
Se o homem tala o campo aos horrores da guerra,
Deus recama de verde as úlceras da Terra.
Cerre-se a noite fria,
Deus recompõe sem falta os fulgores do dia.
Atire-se um calhau à fonte na espessura,
Deus protege a corrente
E a fonte lava a pedra a beijos de água pura
E prossegue indulgente,
Doce, clara, bendita,
Fertilizando o campo em que transita.
Isole-se a semente pequenina
Na clausura do chão
E eis que Deus a ilumina
E ela faz a alegria e a fartura do pão!
Que a poda fira a planta a golpes destruidores
E Deus reveste o tronco em auréolas de flores!...
Conquanto seja em tudo a Justiça perfeita
Que nos premia, ampara, aprimora e endireita
Pelo poder do amor incontroverso,
Deus quer que a Lei do amor seja cumprida
Para a glória da vida,
Nas mais remotas plagas do Universo!
Serve, pois, coração,
À tolerância, à paz, à bondade e à união!
Embora desprezado, anônimo, sozinho,
Agradece, em silêncio, a injúria, o pranto, o espinho
E serve alegremente...
Dor é nova ascensão à Vida Superior!...
Rende-te a Deus e segue para a frente,
Pois Deus é Caridade e a Caridade ardente
Tudo cobre de amor!... "
("Antologia da Espiritualidade", Maria Dolores/Francisco Cândido Xavier)
Palavras de azedume ou desesperação.
O verbo que escarnece, esfogueia, envenena,
Traz em si mesmo a dolorosa pena
De amarga frustração!
Muitas vezes nós mesmos, trilha afora
No pensamento que se desarvora,
Nas teias da ilusão sem motivo ou sem base,
Para sair do mal e regressar ao bem
Precisamos apenas de uma frase
Do carinho de alguém!
Na dor que nos renova,
Quantas vezes na vida a gente espera
Simplesmente um sorriso,
Para fazer o esforço que é preciso,
Á fim de não perder nas lágrimas da prova
A paz da fé sincera!...
Pensa nisso e abençoa
Àquela própria mão que espanca ou aguilhoa.
Fel, tristeza, amargura,
Transformam desventura em maior desventura!
Se a mágoa te domina,
Observa a lição da Bondade Divina!
Se o homem tala o campo aos horrores da guerra,
Deus recama de verde as úlceras da Terra.
Cerre-se a noite fria,
Deus recompõe sem falta os fulgores do dia.
Atire-se um calhau à fonte na espessura,
Deus protege a corrente
E a fonte lava a pedra a beijos de água pura
E prossegue indulgente,
Doce, clara, bendita,
Fertilizando o campo em que transita.
Isole-se a semente pequenina
Na clausura do chão
E eis que Deus a ilumina
E ela faz a alegria e a fartura do pão!
Que a poda fira a planta a golpes destruidores
E Deus reveste o tronco em auréolas de flores!...
Conquanto seja em tudo a Justiça perfeita
Que nos premia, ampara, aprimora e endireita
Pelo poder do amor incontroverso,
Deus quer que a Lei do amor seja cumprida
Para a glória da vida,
Nas mais remotas plagas do Universo!
Serve, pois, coração,
À tolerância, à paz, à bondade e à união!
Embora desprezado, anônimo, sozinho,
Agradece, em silêncio, a injúria, o pranto, o espinho
E serve alegremente...
Dor é nova ascensão à Vida Superior!...
Rende-te a Deus e segue para a frente,
Pois Deus é Caridade e a Caridade ardente
Tudo cobre de amor!... "
("Antologia da Espiritualidade", Maria Dolores/Francisco Cândido Xavier)
quinta-feira, 17 de setembro de 2015
"PERSISTIR SEMPRE"
"Persistir, perseverar, é manter firmeza, manter constância no que se faz ou se pretende fazer, apesar das dificuldades, de eventuais dores ou incômodos.
É uma virtude que colabora para o êxito na vida, como bem exemplificam certas pessoas que não desistem dos seus objetivos.
Aquela mulher, por exemplo. Morava no interior do Estado. Era falante, alegre, sempre muito disposta a auxiliar a quem precisasse.
Colaborava no grupo religioso a que pertencia com disposição incrível. Sempre se podia contar com sua participação espontânea para todo e qualquer tipo de tarefa.
Era viúva. Seu marido, depois de intensa luta contra um câncer, partira há alguns anos.
Morava só, mas não era sozinha. Contava com as companhias que conquistava, graças à sua simpatia. Também com as colegas dos bazares beneficentes, que ela tanto prezava.
Certa feita, depois dos habituais exames periódicos, descobriu que era portadora de terrível câncer.
Todos temeram por ela. Mas, ela os surpreendeu com o seu comportamento de verdadeira cristã, alicerçada na fortaleza da fé.
Viajava para a capital do Estado, onde permanecia para o tratamento necessário, e retornava para sua cidade, destemida, sorrindo e brincando com as companheiras.
As recidivas a tiravam do convívio dos amigos, mas ela não demonstrava desânimo. Muitas vezes, para não preocupar a ninguém, ocultava as datas de suas viagens para o tratamento.
Por vezes, através de parentes ou pessoas mais próximas, as notícias chegavam à sua cidade, não muito otimistas. Entretanto, ela se recompunha e voltava ao lar, dizendo que ainda estava na posição de vencedora.
Se Deus quer que eu permaneça por aqui mais um pouco, deve ser porque ainda não terminei o meu trabalho. Vou continuar firme. – Dizia, corajosa.
Lutou, por mais de sete anos, contra o mal que lhe machucava o corpo. Quem não conhecia sua história, sequer imaginava aquela dura realidade.
Era uma verdadeira lutadora. Não entregava os pontos, nem se deixava influenciar por quem pedia para que ela sossegasse, para que se aquietasse!
Então, num dia de sol, ela se foi, tranquila.
Persistir em um objetivo positivo, que nos dá serenidade e alegria, que nos aproxima da Divindade e nos faz úteis ao próximo, é uma bênção!
Muitas vezes, alegamos dificuldades, insucessos, impossibilidades, no entanto, se observarmos o que nos detém realmente, veremos que é a nossa falta de constância.
É a nossa falta de perseverança que nos impede de chegar aonde queremos.
Devemos lutar contra nossos impedimentos internos e externos. Renovarmos em nós a motivação, persistirmos no ideal.
O ambiente doméstico nos concede contínuas chances de treinarmos essa virtude.
É no lar que encontramos as oportunidades constantes de construir afeições, de estreitar laços, de superar obstáculos que se apresentam.
No ambiente de convivência contínua, onde vivemos interdependência, na condição de pais, filhos e irmãos, a persistência é imprescindível para realizarmos nossos propósitos.
Pensemos nisso e prossigamos em nossa jornada de aprendizado, com bom ânimo e muita, muita persistência."
(Momento Espírita)
quarta-feira, 16 de setembro de 2015
"A ESTRANHA CRISE"
"O mundo vem criando soluções adequadas para a generalidade das crises que o atormentam.
A carência do pão, em determinados distritos, é suprida, de imediato, pela superprodução de outras faixas de terra.
Corrige-se a inflação, podando a despesa.
O desemprego desaparece pela improvisação de trabalho.
A epidemia é sustada pela vacina.
Existe, porém, uma crise estranha - e das que mais afligem os povos - francamente inacessível à intervenção dos poderes públicos, tanto quanto aos recursos da ciência nas conquistas modernas. Referimo-nos à crise da intolerância que, desde o travo de amargura, que sugere o desânimo, à violência do ódio, que impele ao crime, vai minando as melhores reservas morais do Planeta, com a destruição conseqüente de muitos dos mais belos empreendimentos humanos.
Para a liquidação do problema que assume tremendo vulto em todas as coletividades terrestres, o remédio não se forma de quaisquer ingredientes políticos e financeiros, por ser encontrado tão somente na farmácia da alma, a exprimir-se no perdão puro e simples.
O perdão é o único antibiótico mental suscetível de extinguir as infecções do ressentimento no organismo do mundo. Perdão entre dirigentes e dirigidos, sábios e ignorantes, instrutores e aprendizes, benevolência entre o pensamento que governa e o braço que trabalha, entre a chefia e a subalternidade.
Consultem-se nos foros - autênticos hospitais de relações humanas - os processos por demandas, questões salariais, divórcios e desquites baseados na intransigência doméstica ou na incompatibilidade de sentimentos, reclamações, indenizações e reivindicações de toda ordem, e observe-se, para além dos tribunais de justiça, a animosidade entre pais e filhos, a luta de classes, as greves de múltiplas procedências, as queixas de parentela, os duelos de opinião entre a juventude e a madureza, as divergências raciais e os conflitos de guerra, e verificaremos que, ou nos desculpamos uns aos outros, na condição de espíritos frágeis e endividados que ainda somos quase todos, ou a nossa agressividade acabará expulsando a civilização dos cenários terrestres.
Eis por que Jesus, há quase vinte séculos, nos exortou perdoarmos aos que nos ofendam setenta vezes sete, ou melhor, quatrocentos e noventa vezes.
Tão-só nessa operação aritmética do Senhor, resolveremos a crise da intolerância, sempre grave em todos os tempos. Repitamos, no entanto, que a preciosidade do perdão não se adquire nos armazéns, por que, na essência, o perdão é uma luz que irradia, começando de nós."
("Mãos Unidas", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
terça-feira, 15 de setembro de 2015
"OLHAI OS LÍRIOS"
“...Considerai como crescem os lírios do campo...”
— Jesus (Mateus, 6:28)
“Olhai os lírios do campo...” — exortou-nos Jesus.
A lição nos adverte contra as inquietações improdutivas, sem compelir-nos à ociosidade.
-o-
Os lírios para se evidenciarem quais se revelam não se afligem e nem ceifam; no entanto, esforçam-se com paciência, desde a germinação, no próprio desenvolvimento, abstendo-se de agitações pela conquista de reservas desnecessárias com receio do futuro, por acreditarem instintivamente nos suprimentos da vida.
-o-
Não fiam nem tecem para se mostrarem na formosura que os caracteriza; todavia, não desdenham fazer o que podem, a fim de cooperar no enriquecimento do esforço humano.
-o-
Não se preocupam em ser gerânios ou cravos e sim aceitam-se na configuração e na essência de que se viram formados, segundo os princípios da espécie.
-o-
Não cogitam de criticar as outras plantas que lhes ocupam a vizinhança, deixando a cada uma o direito de serem elas mesmas, nas atividades que lhes dizem respeito à própria destinação.
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Admitem calor e frio, vento e chuva, deles aproveitando aquilo que lhes possam doar de útil, sem se queixarem dos supostos excessos em que se exprimam.
-o-
Não indagam quanto à condição ou à posição daqueles a quem consigam prestar serviço, seja acrescentando beleza e perfume à Terra ou ornamentando festas e colaborando no interesse das criaturas em valor de mercado.
-o-
E, sobretudo, desabrocham e servem, no lugar em que foram situados pela Sabedoria Divina, através das forças da natureza, ainda mesmo quando tragam as raízes mergulhadas no pântano.
-o-
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Evidentemente, nós, os espíritos humanos, não somos elementos do reino vegetal, mas podemos aprender com os lírios, serenidade e aceitação, paz e trabalho, com as responsabilidades e privilégios do discernimento e da razão que uma simples flor ainda não tem."
(“Aulas da Vida”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
segunda-feira, 14 de setembro de 2015
"EFEITOS DA SÚPLICA"
"É comum ouvirmos dizer que a prece tem efeito transitório; no entanto, podemos dizer que ela é de permanente atuação, tanto no campo somático como na área psíquica, levando à alma, gradativamente, as condições para a libertação do Espírito imortal.
Confessamos, e tornamos a lembrar, que a oração nos imanta de energia, na ordem profunda do termo, para a divina expressão, para nos lembrarmos de que somos filhos de Deus, no serviço da caridade.
Compete a nós outros, todos os dias, exercitarmo-nos na conversa com o SENHOR, estabilizando nossas emoções, na asserção de que as nossas possibilidades cresçam, desabrochando em nossos corações os dons de luz, na luz do bem.
ORAR NÃO É RECLAMAR,
não é somente pedir; é consubstanciar as nossas forças, reconhecendo o poder de Deus dentro de nós, e despertar Cristo nos sentimentos.
Quem ora com humildade está no caminho do entendimento, para que essa compreensão nos liberte, hoje ou amanhã, das trevas que, por vezes, vibram no nosso mundo interior.
Quem ora entende a superioridade de DEUS e quem sabe orar começa a se dispor a praticar as leis de amor, na vivência da fraternidade.
Existem vários tipos de prece:
Prece-Trabalho
Prece-Educação
Prece-Entendimento
Prece Caridade
Prece Perdão
Prece-Amor...
porém, mesmo que se esteja fazendo todas, a de conversar com o Criador, articulando sons, abrindo o coração na humildade de uma criança, é a gratidão que se manifesta naquele que ama o Senhor, sentindo um caminho de luz, a acender todos os seus dons de ouro, dentro do seu próprio paraíso."
(“Páginas Esparsas 2”, Bezerra de Menezes/João Nunes Maia)
domingo, 13 de setembro de 2015
"A META"
"Está distante a meta, mas a minha atenção não se prende a ela, e sim à rota que tracei para alcançá-la.
Que sei eu de distância, quando meus sentidos se enganam com miragens? Como me poderei capacitar da distância da meta que hei de alcançar um dia?
Hei de alcançar porque eu quero alcançar, e eu quero porque Deus em mim assim o quer.
Fortalecido por essa certeza, que poderá me deter ou me retirar do caminho?
Sei que terei precipícios a transpor, que avalanche de pedras poderão rolar ainda sobre mim, que talvez mergulhe nos lodaçais do caminho, pela minha imprevidência, que às vezes me desorienta, mas à proporção que sair da cada experiência, estarei mais encorajado para prosseguir, porque eu quero chegar ao meu destino, e lá chegarei, com a ajuda de Deus.
Aboli pieguismo e choros, não me revolto nem me lamento, porque aquele que me criou não necessita que lhe peça nada. Ele sabe tudo que eu preciso e me dará suas dádivas à medida que eu precisar ou souber usá-las; e, à minha súplica, me retirará da lama em que estiver mergulhado, levado por minhas paixões; me erguerá iluminado, e se eu lhe pedir, como anseio de minha vida, me dará o sol o seu pura amor. Ele me dará na hora exata tudo o que eu precisar, e não o que eu lhe pediria em minha ignorância.
Portanto, não gasto energia em pedidos pueris, reservando-a para alimentar meu propósito de chegar aos “pés do Mestre”.
Adiante, amigos e companheiros de caminhada terrena. Se não estou mais entre vós, estou em lugar onde também luto e anseio por alcançar o mesmo ideal vosso.
Não esmoreçais, ainda que a tempestade mais assustadora vos surpreenda na estrada.. A tempestade experimenta apenas a vossa fé e a vossa convicção. Se não fugirdes apavorados, ela passará e contemplareis a calmaria onde o céu é mais azul e a brisa mansa e amena vos acariciará a alma."
( “A Verdade e a Vida”, Cenyra Pinto)
sábado, 12 de setembro de 2015
"ASSUNTO DE TODOS"
"Efetivamente não dispões do poder de improvisar a paz do mundo; entretanto, Deus já te concedeu a faculdade de renunciar à execução dos próprios desejos, em favor da tranquilidade desse ou daquele ente querido, que depende de tua abnegação para ser mais feliz.
-o-
Não consegues estabelecer o entendimento fraternal entre todas as comunidades a que te vinculas; no entanto, a Divina Providência já te honrou com a bênção das palavras, no uso das quais podes entretecer a concórdia, no agrupamento de criaturas em que a vida te situou.
-o-
Não reténs o dom de te fazeres ouvir indefinidamente por todos, em todos os recantos do orbe, no levantamento do bem; todavia, a Sabedoria Infinita já te confiou o benefício das letras, com as quais podes gravar os teus pensamentos nobres, inspirando bondade e segurança em tuas áreas de ação.
-o-
Não tens contigo os elementos precisos para sustentar a harmonia, nos lugares onde a Humanidade surge ameaçada de caos e perturbação, mas o Amor Supremo já te entregou a possibilidade de manter a ordem, quando não seja dentro da própria casa, pelo menos no espaço diminuto em que te dedicas ao trato pessoal.
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Não extinguirás a fome que ainda atormenta vastos setores da Terra, mas podes ceder um prato em auxílio de alguém.
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Não curarás todas as enfermidades que flagelam largas regiões em todo o Planeta; no entanto, podes ofertar, de quando em quando, uma hora de serviço no socorro aos doentes.
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Não logras trazer o Sol para clarear os caminhos entenebrecidos durante a noite, mas podes acender uma vela e rechaçar a escuridão.
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Realmente, por enquanto, nenhum de nós — pode jactar-se de ser uma enciclopédia de talentos para realizar todas as operações do Bem Universal, ante as Leis de Deus, mas, ajustados às Leis de Deus, todos já possuímos recursos para evolver na direção do Bem-Maior, fazendo o bem que podemos fazer."
(“Rumo Certo”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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