"O respeito à vida se fundamenta na lei natural, a lei
de amor.
Em
todo lugar onde vige a vida do homem, cumpre o dever de respeitá-la,
preservando-a.
Não
somente consideração pela sua existência, como esforço bem dirigido para
sustentá-la.
Respeito
à natureza, aos minerais, aos vegetais, aos animais...
*
A
criança, que se acerca de ti, impõe-te o respeito que merece o futuro, nela em
gérmen.
O
azedume, a rispidez, a impiedade, a dureza com que a receberes dela farão o
cidadão desventurado, que a intemperança moldou.
Ninguém
tem o direito de espezinhar um ser em formação, sem incorrer no grave delito,
que a Lei anota, de perturbar-lhe a marcha...
O
jovem, que procura o teu apoio, é digno de respeito, porque em trânsito
orgânico e psíquico, nele se insculpem os comportamentos que mais o atinjam.
As
expressões da agressividade com que seja tratado despertarão nele o réprobo que
dorme e poderia ser vencido, fossem outras as atitudes com que o recebessem...
O
adulto necessita de respeito.
O
hábito de pensar e falar mal do próximo facilita a deteriorização do conceito
em torno das criaturas, facilitando o descrédito e a desconsideração pelos
outros.
Ninguém
tem o direito de medir o comportamento de outrem pelas suas reações, nem julgar
com os dados que se atribui possuir.
Aquele
que parece censurável está sob injunções que pedem ajuda e caridade, não
reprimenda e desrespeito.
O
respeito à pessoa humana é impositivo cristão, dever que toda criatura é
convidada a sustentar no relacionamento social.
Alguém
em ignorância espera a claridade do conhecimento; em doença, a dádiva do
medicamento; em abandono, o contributo da solidariedade; em qualquer
circunstância, a competente ajuda.
Ajuda
sempre!
O
ancião, em combalimento, tem necessidade do respeito pela existência vencida a
penates e o apoio que as fracas forças esperam da juventude e da madureza dos
homens...
Respeito
sempre!
*
Coloca-te
na situação do outro; procura pensar como o outro; compenetra-te da posição do
outro e compreenderás a alta significação do que é o respeito que gostarias de
receber, como desejarias ser tratado.
Faze,
então, conforme pretendes que façam contigo.
Jesus
atendeu a uma mulher aturdida, sem sindicar-lhe o passado, nem examinar-lhe o
presente; abençoou as criancinhas, sem selecioná-las por casta ou posição
social; recebeu os enfermos do caminho sem inquiri-los quanto às causas das suas mazelas; ouviu o
ladrão na cruz sem interroga-lo quanto aos motivos que o tornaram
delinquente...
A
todos ajudou, amoroso, valorizando e socorrendo cada um com profundo respeito
pela vida, respeito pela criatura."
( “Oferenda”, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)
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