"Compadece-te de todos
aqueles que não podem ou não sabem esperar.
Estão eles em toda
parte.
Quase sempre são vítimas
da inquietação e do medo.
Observa quantos já
transpuseram as linhas da própria segurança.
São casais que não se
toleram nas primeiras rusgas do matrimônio e desfazem a união em que se
compromissaram, abraçando riscos pelos quais, em muitas circunstâncias, cedo se
encaminham para sofrimento maior; são mães que rejeitam os filhos que carregam
no seio, entregando-se à prática do aborto, recusando a presença de criaturas
que se lhes fariam instrumentos de redenção e reconforto no futuro, caindo, às
vezes, em largas faixas de doença ou desequilíbrio; são homens que repelem os
problemas inerentes às tarefas que lhes dizem respeito, sob a alegação de que
procuram distração e repouso, quando apenas estão dilapidando a estabilidade das
obras que, mais tarde, lhes propiciariam refazimento e descanso; são amigos
doentes ou desesperados que se rebelam contra os supostos desgostos da vida e se
inclinam para o suicídio, destruindo os recursos e oportunidades que os
transportariam para a conquista da vitória e da paz em si mesmos; são jovens
famintos de liberdade e prazer que, impedidos naturalmente do acesso a
satisfações imediatas, se engolfam no abuso dos alucinógenos, estragando as
faculdades com que o tempo os auxiliaria na construção da felicidade
porvindoura.
Façamos algo por eles, os
nossos irmãos que ignoram ou que não querem aceitar os benefícios da serenidade
e da esperança.
Pronuncia algumas frases
de otimismo e encorajamento; escreve algum bilhete que os reanime para a bênção
de viver e servir; estende simpatia em algum gesto espontâneo de gentileza;
repete consideração e concurso amigo nos diálogos que colaborem na sustentação
da paz e da solidariedade.
Não te declares sem
possibilidade de contribuir, nem digas que tens todas as tuas horas repletas de
encargos e serviços dos quais não te podes distanciar.
Faze algo, no erguimento
do bem.
Nas realizações da
fraternidade, quem ama faz o tempo."
("Deus
Aguarda", Meimei/Francisco Cândido Xavier)
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