quinta-feira, 18 de junho de 2015

"O CRISTO ESTÁ NO LEME"






"Meus amigos, que o amparo de Nossa Mãe Santíssima nos agasalhe e ilumine os corações.

 Cristo, no centro da edificação espírita, é o tema básico para quantos esposaram em nossa Doutrina o ideal de uma vida mais pura e mais ampla.

 Confrange a quantos já descerraram os olhos para a verdade eterna, além da morte, o culto da irresponsabilidade a que muitos de nossos companheiros se devotam, seja na dúvida sistemática ou na acomodação com os processos inferiores da experiência humana, quando o Espiritismo traduz retorno ao Cristianismo puro e atuante, presidindo à renovação da Terra.

 Com todo o nosso respeito à pesquisa enobrecedora, cremos seja agora obsoleta qualquer indagação acerca da sobrevivência da alma por parte daqueles que já receberam o conhecimento doutrinário, porque semelhante conhecimento é precisamente o seio sagrado de nossos compromissos diante do Senhor.

 Há mais de dez milênios, nos templos do Alto Egito e da antiga Etiópia, os fenômenos mediúnicos eram simples e correntios; entre assírios e caldeus de épocas remotíssimas, praticava-se a desobsessão com alicerces no esclarecimento dos Espíritos infelizes; precedendo a antigüidade clássica, Zoroastro, na Pérsia, recebia a visitação de mensageiros celestiais e, também antes da era cristã, na velha China, a mediunidade era desenvolvida com a colaboração da música e da prece.

 Mas, o intercâmbio com os desencarnados, excetuando-se os elevados ensinamentos nos santuários iniciáticos, guardava a função oracular do magismo, entremeando-se nos problemas corriqueiros da vida material, fosse entre guerreiros e filósofos, mulheres e comerciantes, senhores e escravos, nobres e plebeus.

 É que a mente do povo em Tebas e Babilônia, Persépolis e Nanquim, não contava com o esplendor da Estrela Magna — Nosso Senhor Jesus-Cristo —, cujo reino de amor vem sendo levantado entre os homens. 

 Na atualidade, porém, o Evangelho brilha na cultura mundial, ao alcance de todas as consciências, cabendo-nos simplesmente o dever de anexá-lo à própria vida.

 Espíritas! Com Allan Kardec, retomastes o facho resplendente da Boa-Nova, que jazia eclipsado nas sombras da Idade Média!

 Compreendamos nossa missão de obreiros da luz, cooperando com o Senhor na construção do mundo novo!...

 Não ignorais que a civilização de hoje é um grande barco sob a tempestade... Mas, enquanto mastros tombam oscilantes e estalam vigas mestras, aos gritos da equipagem desarvorada, ante a metralha que incendeia a noite moral do mundo, Cristo está no leme!

 Servindo-o, pois, infatigavelmente, repitamos, confortados e felizes:

 Cristo ontem, Cristo hoje, Cristo amanhã!...

 Louvado seja o Cristo de Deus!"


 (Bittencourt Sampaio, na obra " Instruções Psicofônicas", Autores Diversos/ Francisco Cândido Xavier)

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