"Quando Jesus nasceu, os valores éticos haviam sido
substituídos pelo hegemonia da força, que dominava, gerando aflições em toda
parte.
Os
direitos humanos, desprezados, permitiam que a criatura valesse menos que um
animal de carga, animais a que se viam reduzidos os que tombavam nas armadilhas
da astúcia, da delinquência e da guerra.
O
mundo era um burgo do Império Romano, que se estendia praticamente por toda a
Terra conhecida.
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Jesus
chegou e modificou as estruturas do comportamento social, criando um conceito
surpreendente da vida, que deu margem ao surgimento do homem
integral.
Estabeleceu a ética do amor, fundamentada no dever e na
disciplina, demonstrando que o poder da força nada logra, senão amontoar
cadáveres e deixar rastros de destruição...
Comprovando a anterioridade do ser ao corpo e a sua
sobrevivência à morte, edificou um reino nos corações, capaz de resistir a todas
as conjunturas.
Seu
verbo, sustentado pelo combustível do exemplo, penetrava nos ouvintes como uma
luz que jamais se apagaria, traçando rotas de segurança para todo o
sempre.
Quem
O ouvisse não permaneceria indiferente: amava-O ou
detestava-O.
Arrebatou multidões que se sucederam, espraiando pelos
quadrantes do globo terrestre uma onda de esperança.
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É
verdade que as circunstâncias e as ocorrências atuais são mui semelhantes
àquelas, as do Seu tempo.
Ao
lado das conquistas tecnológicas surgem os decepcionantes resultados éticos, na
vastidão da miséria moral, social e econômica que consome as
criaturas...
Todavia, nunca foi tão marcante a presença de Jesus, no
mundo, quanto agora.
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Descrucificado, Ele inspira homens e Instituições à
mudança de comportamento, alterando as propostas filosóficas da sociedade, que
se deve tornar mais justa e equânime em relação aos sofredores que enxameiam em
toda parte.
Demitizado, Ele participa das lutas daqueles que O amam,
impulsionando-os à ação transformadora de urgência, em prol de um mundo
melhor.
Sua
mensagem vibra em inúmeras mensagens que proclamam a necessidade da paz, da
não-violência, do amor.
Ele
age através de incontáveis mãos que se transformam em alavancas de progresso,
não se permitindo a paralisia nem a indiferença ante a fraqueza dos e a pequenez
dos oprimidos.
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Une a
tua às vozes do bem que instalam a Era da fraternidade entre os
homens.
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Segue
laborando com os que arrebentam as algemas do conformismo em favor dos caídos e
dos desditosos.
Não
te permitas a inação, que é a morte da alma.
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Atua
com os teus recursos, modestos que sejam, em favor do homem, esse sublime
investimento da Divindade, auxiliando-o a adquirir dignidade e valor, metas que
o Evangelho propõe a todos os de boa vontade, sobre os quais pairará a paz na
Terra e fora dela.
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Comemora o Natal do Cristo, repartindo amor e esperança,
trabalho e fraternidade com as demais criaturas, confirmando, dessa forma, que
Ele já nasceu em ti, e age com a elevação que O caracterizou quando aqui esteve
no passado."
(“Viver e amar”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)
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