"(...) A beneficência, meus amigos, vos proporcionará neste mundo os mais puros e os mais doces prazeres, as alegrias do coração
que não são abaladas nem pelo remorso, nem pela indiferença. Se pudésseis compreender tudo o que existe de grande e doce na generosidade
das belas almas, esse sentimento que faz com que vejamos nosso próximo como a nós mesmos, com que nos dispamos com alegria para cobrir nosso irmão. Pudésseis, meus amigos, não ter outra ocupação senão a de fazer os outros felizes! Quais as festas do mundo
que poderíeis comparar a essas festas alegres, quando, como representantes da Divindade, dais alegria a essas pobres famílias, que
conhecem da vida apenas dificuldades e decepções. Quando vedes subitamente essas faces descoradas ficarem iluminadas de esperança,
pois não tinham pão, esses infelizes e seus filhos pequenos, ignorando que viver é sofrer, choravam, gritavam e repetiam estas
palavras, que penetravam como punhais agudos no coração maternal:
“Estou com fome!...” Compreendei o quanto são deliciosas as impressões daquele que encontra a alegria onde, no momento anterior, só havia desespero! Entendei quais são vossas obrigações para com os vossos irmãos! Ide! Ide ao encontro do infortúnio. Ide em socorro, principalmente,
das misérias escondidas, pois essas são as mais dolorosas.
Ide, meus bem-amados, e lembrai-vos destas palavras do Salvador: Quando
vestirdes um destes pequenos, pensai que é a mim que estais vestindo!"
Adolfo, Bispo de Argel - Bordeaux, 1861
("O Evangelho Segundo o Espiritismo",
Capítulo XIII - "Que vossa mão esquerda não saiba o que faz vossa mão direita")
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