"Emudece o teu pranto. Cala o grito
De revolta na dor que te encarcera...
Por mais negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa estranha de teu peito aflito.
Em toda a Terra há lágrima e conflito,
Ruínas do mundo que se desespera...
Ama e sofre, trabalha e persevera
Na esperança de paz e de infinito.
Peregrino de campo atormentado,
Rompe os elos e as trevas do passado,
Fita a luz do porvir resplandecente...
Muito além do terrível sorvedouro,
Nas estradas liriais de acanto e louro,
O sol do amor refulge eternamente."
(Cruz e Souza, na obra "Relicário de Luz",
Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
Sem comentários:
Enviar um comentário