sábado, 30 de abril de 2016

"CASAMENTO"

"Casamento, na Terra, é uma instituição educativa, em cuja intimidade nem sempre o amor é a árvore feita, que se delineia, rósea e brilhante, nos sonhos indefiníveis e sublimes do noivado comum. 

Casar-se é associar-se. E associar-se com alguém ou com alguma causa; é aprender e experimentar. 

Quem se une a interesses materiais, cedo encontra o tédio e o desânimo de quem escolhe um caminho árido para jornadear. 

Quem adere a encantos transitórios do corpo, atinge apressadamente a casa escura da desilusão, onde todos os ensinamentos são difíceis e amargos. 

Quem disputa conveniências passageiras, é defrontado sem demora, por dolorosos problemas, nos quais o temor, o cansaço e desalento obscurecem a capacidade de raciocinar com acerto. 

Quem busca prazeres fáceis penetra, em poucos dias, no vale triste da ociosidade e do desengano, perdendo, muitas vezes, o entusiasmo de fazer, imaginar e trabalhar. 

Só amor ilumina o edifício do casamento, rnultiplicando os recursos de estimulo e concordia, união e carinho naqueles que se entrelaçaram para a grande marcha humana. 

E, nesse sentido, o matrimônio das almas, acima de todos os laços corporais ou convencionais, permanece imperecível, porque é da aliança dos espíritos devotados ao bem, encarnados ou não, consorciados ou não, segundo as leis da experiência física, que nascem as grandes obras redentoras da Humanidade. 

Fixai as realizações sublimes do mundo, sob quaisquer aspecto, e, e seus alicerces, encontrareis a comunhão das almas, que se imantara reciprocamente, no cadinho do ideal e da amizade. 

Se a experiência do lar, porém, não é a vossa, não vos sintonia diminuídos por esse motivo. 

Lembremo-nos de que Jesus não esteve nos elos conjugais do mundo, mas, por isso, não deixou de ser o Sol da Verdade e do amor para todos os séculos da Terra. 

Consorciemo-nos, pois uns com os outros, em espírito, e saibamos produzir, sob a inspiração do Senhor, as obras regenerativas e santificantes que a vida na Terra está esperando de nossos corações e de nossas mãos."

("Mãe", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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