sábado, 26 de dezembro de 2015

"SALÁRIOS"

"E contentai­vos com o vosso soldo.” João Batista (Lucas, 3:14)  

"A resposta de João Batista aos soldados, que lhe rogavam esclarecimentos, é modelo de concisão e de bom senso. 
Muita gente se perde através de inextricáveis labirintos, em virtude da compreensão deficiente acerca dos problemas de remuneração na vida comum. 
Operários existem que reclamam salários devidos a ministros, sem cogitarem das graves responsabilidades que, não raro, convertem os administradores do mundo em vítimas da inquietação e da insônia, quando não seja em mártires de representações e banquetes. 
Há homens cultos que vendem a paz do lar em troca da dilatação  de vencimentos. 
Inúmeras pessoas seguem, da mocidade à velhice do corpo, ansiosas e descrentes, enfermas e aflitas, por não se conformarem com os ordenados mensais que as circunstâncias do caminho  humano lhes assinalam, dentro dos imperscrutáveis Desígnios.
 Não é por demasia de remuneração que a criatura se integrará nos quadros divinos. 
Se um homem permanece consciente quanto aos deveres que lhe competem, quanto mais altamente pago, estará mais intranqüilo. 
Desde muito, esclarece a filosofia popular que para a grande nau surgirá a grande tormenta. Contentar-­se cada servidor com o próprio salário é prova de elevada compreensão, ante a justiça do Todo­-Poderoso. 
Antes, pois, de analisar o pagamento da Terra, habitua­-te a valorizar as concessões do Céu."
("Pão Nosso", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

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