"São muitos, aqueles que surgem, na condição de inimigos,
não obstante queridos:
filhos ingratos, que se comprazem em atormentar pais
abnegados e sensíveis;
companheiros que recebem carinhos e os retribuem
mediante agressões e azedumes;
pais incompreensíveis e exigentes, embora
respeitáveis;
esposos cruéis, que desconsideram o outro consorte e o
crivam de censuras injustificáveis;
conhecidos que desfrutam de bondade, e, todavia, são
indiferentes ou irreconhecidos...
Encontram-se na mesma rota, como adversários que se
beneficiam, sem cessar, e não desperdiçam oportunidade para ferir e
malsinar.
-0-
Não te irrites com eles, vencendo a tentação do
revide através dos mesmos abomináveis recursos.
Ninguém surge na tua paisagem evolutiva como resultado
do acaso, em instância destituída de finalidade.
Estes atuais inimigos queridos, ressurgem do teu passado
espiritual como bênção, para que treines paciência e aprimores a capacidade de
amar.
Reagem, negativamente, porque ainda têm impressos, nas
telas do inconsciente, os males que lhes infligiste.
É certo que não têm o direito de cobrar-te as dívidas.
Todavia, a fase em que estagiam é de desequilíbrio, sentindo-se impelidos aos
infelizes desforços a que se entregam.
Reencarnaram-se em tua família, ao teu lado ou próximos
de ti, a fim de que se reajustem programas e compromissos interrompidos, cada
qual se recuperando do próprio erro.
Alguns intentam-se melhorar-se e não o conseguem nos
primeiros embates.
Dá-lhes novas oportunidades.
Insta com a tua afeição, a ponto de permitir-lhes
redescobrir-te, ora em situação melhor, firmados em propósitos superiores quais
os que abraças.
-0-
A vida é uma sucessão de ensejos ditosos, a que deves
recorrer para o teu progresso.
Esses inimigos queridos são afetos que distanciaste e
agora retornam, magoados, em desajuste, carentes de amor, que deixaste em
sofrimento no caminho já percorrido.
Se eles, porém, não mudarem de atitude em relação a ti,
prossegue, assim mesmo, confiando no tempo e não te deixando abater
nunca.
Os teus inimigos queridos constituem, neste momento,
desafio ao amor que deverás dispensar-lhes com crescente demonstração de
carinho."
(“Luz da Esperança”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)
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