"Descerra dentro d’alma a fulgida janela
Da esperança a brilhar, fervorosa e tranquila,
E do escuro portal da Terra que te asila
Contempla a imensidão que de luz se constela.
Plasma teu sonho, além da máscara de argila
Que, da infância à velhice, a ilusão te afivela...
Na miséria ou na glória, a carne por mais bela
É sempre a mesma flor que o sepulcro aniquila.
Inda mesmo que a dor te espreite qual pantera,
Eleva-te e perdoa, aprimora-te e espera
Para que a vida em ti não se ensombre ou degrade.
E hoje, colado ao chão no mundo que te oprime,
Amanhã librarás, em ascensão sublime
Qual falena de amor ao sol da Eternidade!..."
(Francisca Júlia da Silva, na obra “Doutrina-Escola”,
Autores Diversos/ Francisco Cândido Xavier)
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