sábado, 18 de dezembro de 2010

"TORRENTE DE MERCÊS"

"Na densa treva um fio de prata se ergue do vale e cintila como uma
estrela na escumilha da noite, ao longe, ao alto...
Frângeas de argêntea claridade tremeluzem e caem numa explosão de gotas
luminescentes que pirilampeiam em a Natureza, a vestir-se de diamantes
fosforescentes...
Alguém ora, levantando-se da Terra em súplica aos Céus complacentes. As
Augustas Fontes do amor respondem ao vagido da prece com uma sinfonia de
bênçãos.
A criatura grita em ansiosa agonia ao Pai Criador, sufocando o desespero
no veludo macio e forte da oração, enquanto o Excelso Genitor responde à
alma, inspirando-a e afagando-a com intangíveis mãos que a penetram de
sublime luz, a fim de que se apaguem as sombras aflitivas.
Festa no coração!
O homem ora. Deus o abençoa."
(“No longe do jardim”, Eros/Divaldo P. Franco)

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