"Salientamos a necessidade de moderação e equilíbrio, ante os momentos menos
felizes dos outros; no entanto, há ocasiões em que as baterias da crítica estão assestadas
contra nós.
Junto de amigos quanto opositores, ouvimos objurgatórias e reprimendas e, não
raro, tombamos mentalmente em revolta ou depressão.
Azedume e abatimento, porém, nada efetuam de construtivo. Em qualquer
dificuldade, irritação ou desânimo apenas obscurecem situações ou complicam
problemas.
Atingidos por acusação e censura, convém estabelecer minucioso auto-exame.
Articulemos o intervalo preciso, em nossas atividades, a fim de orar e refletir, vasculhando
o imo da própria alma.
Analisemos, sem a mínima compaixão por nós mesmos, todos os acontecimentos que
nos ditam a orientação e a conduta, sopesando fatos e desígnios que motivaram as
advertências em lide, com rigorosa sinceridade. Se o foro íntimo nos aponta falhas de
nosso lado, tenhamos suficiente coragem a fim de repará-las, seja solicitando desculpas
aos ofendidos ou diligenciando meios de sanar os prejuízos de que sejamos causadores.
Entanto, se nos identificamos atentos ao dever que a vida nos atribui, se intenção e
comportamento nos deixam seguros, quanto ao caminho exato que estamos trilhando em
proveito geral e não em exclusivo proveito próprio, saibamos acomodar-nos à paz e à
conformidade. E, embora reclamação e tumulto nos cerquem, prossigamos adiante, na
execução do trabalho que nos compete, sem desespero e sem mágoa, convencidos de
que, acima do conforto de sermos imediatamente compreendidos, vige a tranqüilidade da
consciência, no cumprimento de nossas obrigações."
("Estude e Viva", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
Sem comentários:
Enviar um comentário