quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

"ORAÇÃO DO NATAL"


"Rei Divino, na palha singela, porque te fizeste criança, diante dos homens, quando podias ofusca-los com a grandeza do Teu Reino?
Soberano da Eternidade, porque estendeste braços pequerruchos e tenros aos 
pastores humildes, mendigando-lhes proteção, quando o próprio firmamento te 
saudava com uma estrela sublime, emoldurada de melodias celestes?
Certamente o asilo de nossa alma, para converte-la em harpa nas Tuas mãos.
Preferias esmolar segurança e carinho, para que, em te amando, de algum 
modo, na manjedoura esquecida, aprendêssemos a amar-nos uns aos outros.
Tornavas-Te pequenino para que a sombra do orgulho se desfizesse, em torno 
de nossos passos, e pedias compaixão, porque não nos buscavas por adornos do 
Teu carro de triunfo, como vassalos de Tua Glória, mas, sim, por amigos 
espontâneos de Tua causa e por tutelados de Tua bênção...
E modificante assim, o destino das nações. Colocaste o trabalho digno, onde a 
escravidão gerava a miséria, acendeste a claridade do perdão, onde a noite do ódio 
assegurava o império do crime, e ensinaste-nos a servir e a morrer, para que a 
vida se tornasse mais bela...
É por isso que, ajoelhados em espírito, recordando-Te o berço pobre, 
ofertamos-Te o coração...
Arranca-o, Senhor, da grade do nosso peito, enferrujado de egoísmo, e faze-o 
chorar de alegria, no deslumbramento de Tua luz!... Conduze-nos, ainda, aos 
tesouros da humildade, para que o poder sem amor não nos enlouqueça a 
inteligência, e deixa-nos entoar o cântico dos pastores, quando repetia, em prantos 
jubilosos, a mensagem dos anjos:
- Glória a Deus nas Alturas, paz na Terra e boa vontade para com os homens!..."
(Meimei,"Antologia Mediúnica do Natal",
Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)

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