"Muita gente indaga com inquietação, sobre a maneira justa de se aplicar o
ensinamento de Jesus, no que tange ao amor pelos inimigos.
Aquele companheiro ter-nos-á ferido, impondo-nos prejuízos graves, outro nos
terá deixado o espírito em chaga aberta, a golpes de ingratidão. De que modo
expressar-lhes amor, segundo os princípios do Evangelho?
Urge, porém, observar que Jesus nos pede amor pelos adversários, mas não nos
recomenda aceitar ou amar aquilo que eles fazem.
Determinada pessoa agiu contra nós e, claramente, não lhe aplaudiremos as
diretrizes, no entanto, ser-nos-á possível acolhe-la no clima da fraternidade,
compreendendo-lhe a posição de criatura que haverá adquirido, com isso, pesada
carga de lutas íntimas, a detrimento de si própria. Podemos, além disso, amar
perfeitamente os que erram contra nós, entendendo que as falhas deles serão
talvez nossas, amanhã, atentos que devemos estar à humanidade falível de nossa
condição.
Por símile, imaginemos o enfermo e a enfermidade. Deixaremos de amar os
nossos doentes, porque estejam doentes e, quando falamos em amar os doentes,
estaremos ensinando o amor pelas enfermidades?
*
Amar os adversários será respeitar-lhes os pontos de vista e abençoá-los, sempre
que tomem caminhos diferentes dos nossos. E, toda vez que tombem
conscientemente nas trevas de Espírito, recordemos o próprio Cristo e
entreguemo-los a Deus, rogando para eles paz e misericórdia, porque, realmente,
não sabem o que fazem."
(Emmanuel - "Coragem", Espíritos Diversos/Francisco Cândido Xavier)
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