"Quando a pureza estiver em nossos olhos, fixaremos na cicatriz do próximo a desventura respeitável do nosso irmão.
Quando a pureza morar em nossos ouvidos, receberemos a calúnia e a maldade, nelas sentindo o incêndio e o infortúnio que ainda lavram no espírito daqueles que nos observam, sem o exato conhecimento de nossas intenções.
Quando a pureza demorar-se em nossa boca, a maledicência surgirá, junto de nós, por enfermidade lamentável do amigo que nos procura, veiculando lhe o veneno, e saberemos fazer o silêncio bendito com que possamos impedir a extensão do mal.
Quando a pureza associar-se ao nosso raciocínio, identificaremos nos pensamentos infelizes a deplorável visitação da sombra, diante da qual a acenderemos a luz de nossa fé para a justa resistência.
Quando a pureza respirar em nosso coração o endurecimento espiritual jamais encontrará guarida em nossa alma, porque o calor de nosso carinho irradiará em todas as direções, estimulando a alegria dos bons e reduzindo a infelicidade dos nossos irmãos que ainda se confiam à ignorância.
Quando a pureza brilhar em nossas mãos, a preguiça não nos congelará a boa vontade e aproveitaremos as mínimas oportunidades do caminho para o abençoado serviço do amor que o Mestre nos legou.
Bem-aventurados os puros de coração! - conclamou o Divino Amigo.
Sim, bem-aventurados os que esposam o Bem para sempre, porque semelhantes trabalhadores da luz sabem converter a treva em claridade, os espinhos em flores, as pedras em pães e a própria derrota em vitória, criando invariavelmente o céu onde se encontram e apagando os variados infernos que a miséria e a crueldade inflamam na Terra para tormento da vida. "
(Emmanuel/Francisco Cândido Xavier - Reunião pública, na noite de 28.07.1952, em Pedro Leopoldo, publicado na revista "Reformador", Maio de 1955)
Sem comentários:
Enviar um comentário