"Compadecei-vos de quantos se consagram a instilar a peçonha da crueldade nos corações alheios, porque toda perseguição nasce da alma desventurada que a invigilância entenebreceu.
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Monstro invisível, senhoreando ideias e sentimentos, é qual fera à solta, transpirando veneno, a partir das próprias vítimas que transforma em carrascos.
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Quase sempre, surge naqueles que vascolejam o lixo da maledicência, buscando o lodo da calúnia para as teias do crime, quando não se levanta do charco ignominioso da inveja para depredar ou ferir.
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De qualquer modo, gera alienação e infortúnio naqueles que lhe albergam as sugestões, escurecendo-lhes o raciocínio, para arrebatá-los com segurança ao cárcere da agonia moral no inferno do desespero.
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Ventania de lama, espalha correntes miasmáticas com o seu hálito de morte, agregando elementos de corrosão em todos os que lhe ofertam guarida.
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É por isso que, ante os nossos perseguidores, é preciso acender a flama da caridade, a fim de que se nos desvairem os pensamentos, espancados de chofre.
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Olhos e ouvidos empenhados à sombra dessa espécie são rendição ao desânimo e à delinquência, à deserção e à enfermidade.
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Eis porque, Jesus, em Seu Amor e Sabedoria, não nos inclinou à lutar contra semelhante fantasma, induzindo-nos à bênção da compaixão, qual se fôssemos defrontados pela peste contagiante.
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Perseguidos no mundo, mantenhamo-nos constantes no trabalho do bem a realizar, e, ao invés do gládio da reação ou do choro inútil da queixa, aprendamos, cada dia, entre o perdão e o silêncio, a orar e esperar."
(“Trilha de Luz”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)
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