Não se esquive de acarinhá-la, apresentando como justificativa os problemas que se complicam no seu mundo íntimo.
Esse bloco de argila frágil, onde se guarda uma fagulha eterna, confia nos recursos da sua eficiência de oleiro experiente.
Não lhe atire pedrouços nem lhe arremesse dardos pontiagudos que lhe enfraqueçam a resistência.
Você embelezará a própria alma, buscando a alma dos pequeninos do seu caminho.
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Antes, dizia-se que a criança era “um homem em miniatura” e crivavam-na com os espinhos da indiferença, perseguindo-a com o sarcasmo. Ainda hoje não faltam aqueles que a hostilizam, exigindo entendimento sem desejarem entender...E nessa luta da brutalidade contra a fraqueza desses pedacinhos de gente sucumbe o amanhã, porque as aflições e os receios que agora lhes povoam as mentes se transformarão em fantasmas vitoriosos mais tarde.
No seu calendário, a Civilização oferece uma Semana da Criança, com hinos de alegria e músicas festivas...
Dê porém, todo dia, o melhor do seu melhor sentimento, a esse pequenino rei.
Ajude-o com bondade, mas ofereça-lhe exemplos de dignificação humana.
Muitos pais desatentos, por excessivo carinho, tem convertido esses reizinhos do amor em títeres da paz.
Faça diferente deles.
Descerre-lhes os olhos ao discernimento para o culto do dever e ensine-os a colher as flores passageiras da infância, com aproveitamento para o futuro.
Uma infância malsinada significa uma existência perdida.
Abra os braços e receba, também, as crianças da rua, maltrapilhas e sofredoras, que alguns precipitados chamam “filhos de ninguém” e ensine-as a orar, se outra coisa você não puder ou não quiser fazer.
Não se situe, porém, longe deles.
A criança espera por você.
Avance na sua direção e ame-a.
Enquanto na Manjedoura Jesus era uma criança indefesa a sorrir. Todavia, ali estava na furna humílima o futuro herói da Cruz e Sublime Embaixador do Céu, convertido momentaneamente em um pedacinho de gente aguardando a estrela fulgurante do Reino Celestial."
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