Inspirados obreiros dos ideais superiores sofreram escárnio e zombaria, caindo, quase sempre, sob o fardo de aflições superlativas.
Nicolau Copérnico, depois de demonstrar o duplo movimento dos planetas sobre si mesmos e à volta do Sol, desencarna, humilhado, após impiedosas acusações.
Lucílio Venini, expendendo nobres e avançados conceitos sobre a vida, deixa queimar-se vivo em Tolosa, condenado por crimes de ateísmo, magia e astrologia...
...E o Jesuíta Fabre, Galileu, Dáscoli, Lavoisier, Fulton, experimentaram calúnias e perseguições, penetrados pelas farpas da inveja e queimados no ácido do despeito dos contemporâneos pela audácia de penetrarem horizontes ainda não vislumbrados.
Artistas e poetas, pensadores e filósofos, cientistas e pesquisadores para atestarem a elevação dos postulados em que criam, renunciaram a todo prazer, ligados ao ideal superior que os sustentavam, sem desânimo nem rancor.
Entre eles, os lutadores incompreendidos, Allan Kardec, o inolvidável Codificador da Doutrina Espírita, teve o coração sitiado pela ofensa gratuita, enquanto trabalhava para oferecer à Humanidade a bênção da Revelação dos Espíritos, atestando que a glória da imortalidade se faz precedida de lutas acerbas e sem limites.
Recordando, igualmente, a figura incomparável do Embaixador Celeste que aportou em Nazaré, há dois mil anos, afirmamos que a Doutrina Espírita, que hoje no-Lo desvela, é o cisne feito de luz, que veio dos Céus à Terra, cantando a glória da Vida Imperecível para que os homens emerjam da Terra aos Céus, na semeadura do verdadeiro amor..
Espírita! Enquanto ruge a tormenta, exulte!
Aqueles que o apedrejam não o podem atingir.
Os que o perseguem são benfeitores ignorados.
Tenha fé, tenha ânimo, porque as ideias combatidas pela violência se farão triunfadoras pelos seus exemplos e renúncias.
E, firmado no exemplo de Jesus, o Vencedor invencível, e no estoicismo de Kardec, o Codificador inesquecível, leve a Bandeira da Doutrina Espírita a todas as gentes, mesmo que, aparentemente, os seus dias se tornem pardacentos e o Sol não mais fulgure, tão turvada esteja a paisagem pelas sombras da maldade. Erga-se e entoe o hino de fé com que o Espiritismo conclama todas as criaturas ultrajadas da Terra, que aguardam os Céus o Consolador que já está com você, há cem anos, para a arrancada final da grande luta, no campo íntimo de cada alma!"
"Eurípedes Barsanulfo, na obra “Crestomatia da Imortalidade”, de Divaldo Pereira Franco – Diversos Espíritos)
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