sábado, 31 de maio de 2014

"TRIBULAÇÕES"


       "Quando estiveres à bica de maldizer as provações que a Terra te ofereça por lições beneméritas, pensa na estagnação em que se nos erigiria o caminho, se não houvesse a mudança, que tantas vezes se nos expressa à custa de sofrimento.
-x-
       Se a semente não aceitasse a solidão, no claustro da gleba, flor e fruto não surgiriam no enriquecimento da vida.
       Se a fonte recusasse passar por sobre lodo e pedra, o campo estaria reduzido à esterilidade.
       E a lâmpada se negasse a suportar a carga de força que gradativamente a consome, não se faria luz dissolvendo as trevas.
       Se a criança não se desenvolvesse, transformando-se em adulto, a ingenuidade jamais  daria lugar à experiência.
-x-
       Assim, em todos os distritos da edificação e do sentimento.
       Se a cultura não crescesse, não haveria progresso.
       Se a teoria não avançasse para a realização, nunca passaria de um montão de palavras.
-x-
       Transposição, atrito, provas e desafios são condições de melhoria e aperfeiçoamento, ajuste e elevação. À vista disso, aceitemos em paz as tribulações que a existência nos imponha.
       Se lutas e empeços, conflitos e lágrimas não nos visitassem os corações, nosso espírito se deteria gradeado na ilusão e na insipiência, ensombrado de ignorância e primitivismo.
       Agradeçamos os obstáculos que nos chegam em forma de alteração ou mudança, quebrando-nos a inércia e renovando-nos a vida.
-x-
       Recordemos a águia nascitura.
       Não fosse o rompimento do invólucro que a constringe, não desenvolverias as próprias asas para ganhar as alturas.
       Não existisse o sofrimento que nos estilhaça a crosta da personalidade egoística, não encontraríamos caminho para elevar-nos à felicidade da vida eterna."

(“Rumo certo”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 30 de maio de 2014

"GRANDEZAS"


       "O Sol que nos garante a existência, no distrito do Universo em que estagiamos é, aproximadamente, um milhão e trezentas mil vezes maior que a nossa Terra, entretanto, com toda essa grandeza não é capaz de cumprir a missão da vela na vastidão noturna, quando te dispões a socorrer um enfermo desamparado.
-o-
       O antigo palácio do Louvre, em Paris, é um dos mais amplos do mundo, porquanto, a sua área cobre o espaço aproximado de duzentos mil metros quadrados, mas, apesar disso, não se desloca para desempenhar o papel do telheiro humilde em que abrigas os que jazem sem teto.
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       A catarata de Paulo Afonso, no Brasil, é das mais possantes do Planeta, com cerca de oitenta metros de altura e capacidade aproximada de dois milhões de cavalos-vapor, todavia, embora o imenso potencial de força em que se caracteriza, não te substitui a energia, quando sustentas uma criança doente, na concha dos braços, acalentando-lhe os dias.
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       A maior bacia hidrográfica do Orbe Terrestre é a Bacia Amazônica, com cerca de sete milhões de quilômetros quadrados, apresentando o Amazonas como sendo o seu rio soberano, contudo, apesar de sua glória fluvial não é capaz de estender o copo de água pura que sentes a alegria de ofertar ao sedento que te bate à porta.
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       Segundo é fácil de observar, há grandezas e grandezas, no entanto, a maior de todas é a do amor com que renovas e engrandeces a vida.
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       Com esse recurso sublime, colocas-te sobre a majestade das próprias estrelas, de vez que, em nome de Deus, consegues aproximar-te dos irmãos do caminho, com o poder de servir e compreender, abençoar e auxiliar."


(“Mentores e Seareiros”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quinta-feira, 29 de maio de 2014

"PENSAMENTO E SAUDADE"


       "Nossos entes queridos que partiram prosseguem sendo auxiliados, mormente no capítulo da paz que lhes é agora imprescindível para a consolidação de seus espíritos, no círculo dos deveres novos.
       Como sabeis, o pensamento é uma força viva e por vezes, o coração saudoso dos que ficaram, recordando-se justamente com mais dor dos que partiram, os procuram com ânsia real.
       Justo cooperarmos, dentro de nossas possibilidades, para que os entes queridos permaneçam em paz e pelo menos por enquanto, não os convoquemos a trabalhar em excesso no ambiente familiar da Terra, de onde, por vezes, regressam impressionados e abatidos.
       Como vedes devemos considerar tudo como o ensejo de trabalho e não seria razoável contribuirmos para o abatimento dos que partiram, com ideias tristes e destruidoras."
(“Aceitação e vida”, Margarida/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

"O MEIRINHO CELESTE"


       "Reconcilia-te com o adversário, enquanto te encontras a caminho com ele, para que não aconteça venha a ser o seu caso entregue ao oficial de justiça.
       A lição evangélica surge repleta de oportunidade para a nossa vida, em todo tempo e em toda parte.
       Não olvides que o amor é a glória do Céu, brilhando, porém, sobre o pedestal da justiça na Terra.
       Assim sendo, não te despreocupes da harmonia na própria consciência, se procuras realmente a verdadeira felicidade.
       Recorda que todos somos usufrutuários da riqueza divina e que, no fundo, não possuímos senão a nossa própria alma, com a obrigação de engrandecê-la para o glorioso concerto da perfeição.
       Em verdade, hoje, enquanto o Senhor te permite a graça da saúde física e do equilíbrio econômico no mundo, podes alardear a pretensa superioridade de quem se julga dono ou senhor, mas amanhã o meirinho do tribunal celeste pode convocar-te ao reajuste, constrangendo-te à necessária renovação.
       Aqui, chama-se de Enfermidade; além, classifica-se por Desencanto...
       Agora é a visitação do obstáculo, depois é a intromissão da Morte...
       Além é o fel da Desilusão, mais além é o gelo da Velhice...
       Não olvides que o Senhor pode reformar todos os aspectos de nossa vida dum momento para outro.
       Aquilo que hoje o céu azul para os nossos olhos, provavelmente será escura tempestade na noite próxima...
       Não te prendas à teia envenenada do ódio, da inveja, da revolta, da antipatia...
       Todos somos indispensáveis uns aos outros e, por isso mesmo, a Lei do Infinito Amor é o clima que nos aguarda no imenso e santificado futuro.
       Ajuda a quem te desajuda e ampara a quem te não compreende, porque, quando teimamos em fugir à fraternidade, a Dor, sob mil máscaras diferentes, é o Meirinho do Céu, obrigando-nos a renovar a visão e a sublimar o espírito para a elevação redentora que nos cabe atingir."
(“Intervalos”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 27 de maio de 2014

"PROGRAMA EVOLUTIVO"

         "O delinquente primário, diante das leis humanas, não raro, tem o direito de responder ao processo em clima de liberdade e, mesmo quando condenado, faz jus a vários recursos que lhe amenizam a pena.
       O criminoso renitente, pela circunstância da conduta, encontra-se incurso nas penalidades severas e experimentará o isolamento em educandários de segurança, não fruindo de maior consideração...
       Assim também ocorre com o Espírito.
       Quando os seus erros e delitos são de pequena monta, reencarna-se sob provações reparadoras, enfrentando as disciplinas que o reeducarão, para depois gozar de paz e de liberdade.
       Os calcetas e empedernidos, os refratários ao amor e os que se arrojaram aos despenhadeiros do suicídio, do homicídio, recomeçam na Terra, encarcerados nas expiações lenificadoras...
*
       A provação é oportunidade para o Espírito renovar-se.
       A expiação constitui-lhe corretivo severo.
       Provado o Espírito se sente estimulado a conquistas novas, enquanto resgata débitos anteriores.
       Expiando, recupera-se e aprende, sem outra alternativa, enjaulado no processo de depuração.
       A provação é solicitada.
       A expiação é imposta.
       Na primeira, há liberdade de ação; na segunda, desaparece a livre opção, ante o impositivo estabelecido.
*
       Sob prova ou expiação, estás colocado no dispositivo da evolução, de que necessitas, e que é melhor para o teu progresso.

       Aplica a razão e o sentimento lúcidos, nesse programa evolutivo, e ergue-te da posição em que te encontres, alcançando o triunfo da tua reencarnação."
("Episódios Diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

segunda-feira, 26 de maio de 2014

"VIDA FELIZ"

"Desculpa, sinceramente, a ignorância dominante.
       Não esperes justificação do outro, o teu ofensor.
       Supera os ingredientes indigestos da agressão dele e mantém-te bem, buscando esquecer de fato a ocorrência má.
       Quem guarda mágoas intoxica-se com os miasmas que elas exalam.
       O agressor está muito desequilibrado e necessita da medicação da bondade para recuperar-se.
       Perdeu a lucidez, e por isto agride.
       Concede-lhe a oportunidade que ele não te dá.
       É sempre mais confortável a posição de quem é generoso.
       Melhor que sejas tu o doador, significando que já conseguiste o que ao teu próximo falta."

(“Vida Feliz”, Joanna de Ângelis/ Divaldo P. Franco)

domingo, 25 de maio de 2014

"MENSAGEM DO HOMEM TRISTE"

"Passaste por mim com simpatia, mas quando me viste os olhos parados, indagaste em silêncio por  que vagueio na rua.
Talvez por isso estugaste o passo e, embora te quisesse chamar, a palavra esmoreceu-me na boca.
É possível tenhas suposto que desisti do trabalho, no entanto, ainda hoje, bati, em vão, de oficina a oficina... Muitos disseram que ultrapassei a idade para ganhar dignamente o meu pão, como se a madureza do corpo fosse condenação à inutilidade, e outros, desconhecendo que vendi minha roupa melhor para aliviar a esposa doente, despediram-me apressados, acreditando-me vagabundo sem profissão.
Não sei se notaste quando o guarda me arrancou à contemplação da vitrina, a gritar-me palavras duras, qual se eu fosse vulgar malfeitor. Crê, porém, que nem de leve me passou pela mente a ideia de furto: apenas admirava os bolos expostos, recordando os filhinhos a me abraçarem com fome, quando retorno à casa.
Ignoro se observaste as pessoas que me endereçavam gracejos, imaginando-me embriagado, porque eu tremesse, encostado ao poste: afastaram-se todas, com manifesto desprezo, contudo não tive coragem de explicar-lhes que não tomo qualquer alimento, há três dias...
A ti, porém, que me fitaste sem medo, ouso rogar apoio e cooperação. Agradeço a dádiva que me estendas, no entanto, acima de tudo, em nome do Cristo que dizemos amar, peço que me restituas a esperança, a fim de que eu possa honrar, com alegria, o dom de viver. Para isso, basta que te aproximes de mim, sem asco, para que eu saiba, apesar de todo o meu infortúnio, que ainda sou teu irmão."


(Meimei, na obra “Ideal Espírita”, de Francisco Cândido Xavier – Autores diversos)

sábado, 24 de maio de 2014

"ENFERMOS DA ALMA"


          "Suas opiniões primam pela contundência.
        Dizem-se sinceros, expondo o que pensam, conforme pensam, com violência.
        Creem-se possuidores do conhecimento integral.
        Combatem os demais com acrimônia.
        Desejam reformar o mundo, embora tenham dificuldade em melhorar-se.
        Primam-se pelas colocações pessoais, não facultando que outros disponham do mesmo direito.
        Aceitos, fazem-se gentis.
        Não admitidos, tornam-se agressivos, ferrenhos adversários.
        Defendem a liberdade do comportamento franco. Em relação, porém, ao que gostam de expor, não de ouvir.
        Evitam examinar o com que não estão de acordo, porque receiam o contágio da realidade, que lhes contraria os “pontos de vista”.
        Anatematizam com facilidade, mesmo quando não conhecem, satisfatoriamente, o com que discordam.
        Extrovertidos ou silenciosos, não abdicam dos seus conceitos, mesmo que a evidência seja diversa.
        Extenuam os que lhes padecem a algaravia com o excesso de argumentação. Palavras vigorosas e conteúdo frágil.
        Tornam-se extremistas e pressupõem que o Sol apenas brilha para eles.
        Estão enfermos da alma, esses irmãos impetuosos.
        Ignoram que, mesmo a verdade, deve ser lecionada com equilíbrio.
        Atitude excessiva em qualquer cometimento expressa desajuste.
        A gema preciosa arrojada com cólera, fere, provocando reação compatível de ira em quem lhe sofre o golpe.
        Afirmam não necessitar de ajuda, porque são carentes dela.
        Recusam-se a humildade por preferirem o autodeslumbramento em que se alucinam.
-x-
        Respeita-os sem os temer.
        Sê leal para contigo mesmo e gentil para com eles.
        Apesar de os deveres considerar, expressa a sã doutrina, não os valorizando o quanto se atribuem.
        Dá testemunho do Cristo em tuas palavras e obras, quando e onde estejas,  sem te impressionares com o verbalismo fluente e vazio
de que se fazem portadores.
        As cigarras cantam e nada realizam, enquanto zumbem as abelhas e produzem abundância, tornando-se úteis e necessárias à vida.
        Desobriga-te dos teus compromissos de esclarecer consciências e confortar corações sem alarde, porém, sem timidez.
        Quando se faz o que se pode, sempre se faz o melhor e o máximo.
        Assim agindo, estarás, sem dar-te conta, ajudando os irmãos enfermos da alma, que encontrarão em teu verbo e ação, a psicoterapia
e o estímulo para lograrem a cura de que necessitam e não o percebem."

(“Oferenda”,  Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira  Franco)

sexta-feira, 23 de maio de 2014

"SAÚDE"

"Estás mergulhado, psiquicamente, na Mente Universal e Divina.

Seguindo as diretrizes éticas do equilíbrio e da ordem, que fluem e refluem em toda parte, respiras em clima de saúde e de paz.

Quando te desconectas do complexo mantenedor da harmonia que te
envolve, desconcertam-se as peças da maquinaria física, face às vibrações violentas da mente, favorecendo a instalação das doenças.

A enfermidade, geralmente, procede do ser espiritual, resultante do seu passado, que encontra ressonância no psiquismo atual, gerando o campo propício à instalação da desordem.

Durante o dia, muitos fatores conspiram contra a tua harmonia
mental, não te cabendo agasalhá-los.

Resolve, assim, cada situação, com calma e segurança, não guardando resíduos mentais negativos.

Fato consumado, mente liberada, em programação de novo cometimento superior.

A tua saúde depende sempre do teu comportamento moral e espiritual.

E, não obstante, se a enfermidade encontrar guarida no teu
organismo, recorre à oração e resgata a tua dívida com alegria, em pleno processo de libertação total."

 ("Episódios diários", Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

"FILHOS DA LUZ"

"Andai como filhos da luz." - Paulo (Efésios, 5:8).
 
"Cada criatura dá sempre notícias da própria origem espiritual.
 
Os atos, palavras e pensamentos constituem informações vivas da zona mental de que procedemos.
 
Os filhos da inquietude costumam abafar quem os ouve, em mantos escuros de aflição.
 
Os rebentos da tristeza espalham o nevoeiro do desânimo.
 
Os cultivadores da irritação fulminam o espírito da gentileza com os raios da cólera.
 
Os portadores de interesses mesquinhos ensombram a estrada em que transitam, estabelecendo escuro clima nas mentes alheias.
 
Os corações endurecidos geram nuvens de desconfiança, por onde passam.
 
Os afeiçoados à calúnia e à maledicência distribuem venenosos quinhões de trevas com que se improvisam grandes males e grandes crimes.
 
Os cristãos, todavia, são filhos da luz.
 
E a missão da luz é uniforme e insofismável.
 
Beneficia a todos sem distinção.
 
Não formula exigências para dar.
 
Afasta as sombras sem alarde.
 
Espalha alegria e revelação crescentes.
 
Semeia renovadas esperanças.
 
Esclarece, ensina, ampara e irradia-se."
("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 21 de maio de 2014

"EM MEIO DE LOBOS"

"Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos." - Jesus. (LUCAS, 10:3.)

"Naturalmente Jesus, em pronunciando semelhante recomendação, reportava-se a cordeiros fortes que conseguissem respirar em plano superior aos lobos vorazes.

Seria razoável enviar ovelhas frágeis a bestas violentas? Seria o mesmo que ajudar a carnificina.

O Mestre, indubitavelmente, desejava as qualidades de ternura e magnanimidade dos continuadores, mas não lhes endossaria as vacilações e fraquezas.

Aliás, para serviço de tal envergadura, desdobrado em verdadeiras batalhas espirituais, ele necessitava de cooperadores fiéis, bondosos, prudentes, mas valorosos. Enviava os discípulos ao centro de conflito áspero, não no gesto de quem remete carneiros ao matadouro, e sim à gleba de serviço, onde pudessem semear novos e sublimados dons espirituais, entre os lobos famintos, através da exemplificação no bem incessante.

Entretanto, há companheiros, ainda hoje, que se acreditam colaboradores do Cristo apenas porque levantam aos céus as mãos-postas, em atitude suplicante. Esquecem-se de que Jesus afirmou, peremptório: "Ide! eis que vos mando!..."

Em tal determinação, vemos claramente que existem trabalhos a efetuar, ações beneméritas a instituir.

O mundo é o campo, onde o trabalhador encontrará a sua cota de colaboração.

É preciso realmente ir aos lobos. Seria perigoso esperá-los. Muitos lidadores, porém, reclamam contra a cruz e o martírio, olvidando que o Senhor e seus corajosos sucessores neles encontraram a ressurreição e a eternidade através da resistência construtiva contra o mal.

Se os madeiros e leões retornassem, deveriam encontrar o trabalhador no esforço que lhe compete e nunca em atitude de inércia, a distância do ministério que lhe foi confiado.

O apelo do Cristo ressoa, ainda agora...

É imprescindível caminhar na direção dos lobos, não na condição de fera contra fera, mas na posição de cordeiros-embaixadores; não por emissários da morte, mas por doadores da vida eterna."


(" Vinha de Luz", Emmanuel, Francisco Cândido Xavier)


terça-feira, 20 de maio de 2014

"CARTAS ESPIRITUAIS"

“E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodiceia lede-a vós também.” — PAULO (Colossenses, 4.16)

 

"O correio do céu nunca se interrompeu.

Desde que a inteligência humana se colocou em condições de receber a vibração dos planos mais altos, não cessou o Pai de enviar-lhe apelos, através de todos os recursos.

Em razão disso, a inspiração edificante nunca faltou às criaturas. E, na atualidade, com a intensificação do intercâmbio entre os círculos visíveis e invisíveis, à face do Espiritismo evangélico que restaura no mundo o Cristianismo, na sua pureza essencial, as cartas espirituais são mais diretas, mais tangíveis.

Grande parte dos estudantes, contudo, seguindo a velha corrente do indiferentismo, em reparando essa ou aquela página edificadora, procura avidamente os nomes daqueles a quem são dirigidas.

Se há conselhos sábios, devem ser para os outros; se surgem advertências amigas ou severos apelos, devem ser igualmente para os outros. E compacta assembleia de companheiros demonstra singular ansiedade para receber mensagens particularistas, com apontamentos individuais. Para prevenir tais extremos, recomendava Paulo que as epístolas dedicadas a determinada igreja fossem lidas e comentadas em diferentes santuários para a necessária fusão e dilatação dos conhecimentos elevados.

As cartas espirituais de hoje devem observar idêntico processo. Somos compelidos a reconhecer que todos somos, individualmente, portadores dum templo interno. Saibamos extinguir as solicitações egoísticas e busquemos em cada mensagem do Plano Superior a consolação, o remédio, o conselho ou a advertência de que carecemos.

Quando soubermos compreender as pequeninas experiências de cada dia com a luz do Evangelho, concluiremos que todas as epístolas do bem procedem de Deus para a comunidade geral de seus filhos."
("Vinha de Luz", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 19 de maio de 2014

"VIDA FELIZ"

"A revolta constante gera desequilíbrios na mente, no corpo e na alma.
       Não é o corpo que é fraco, mas  Espírito que permanece rebelde.
       Controla as tuas energias, não deixando que elas te desconcertem.
       A revolta intoxica e expele venenos que a todos desagradam.
       A pessoa revoltada não inspira amizade, nem sequer compaixão.
       Tem calma sempre.
       O que agora não se resolva, está a caminho da solução."
(“VIDA FELIZ”, Joanna de Ângelis/Divaldo P. Franco)

domingo, 18 de maio de 2014

"APROVEITAMENTO"

"Guarda a vereda do juízo e conserva os caminhos dos seus santos." Pv. 2:8
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"Guarda as sendas dos sábios e não percas as veredas dos justos, porque são ricos de experiências em todas as direções da luz.
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Aproveita os exemplos de dignidade e jamais ficarás desamparado. Quem procura a estrada de Deus não erra o caminho do céu.
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O tempo é feito de explosões de movimentos na força da evolução.
-x-
Ninguém pisa em espinhos por falta de avisos. Deus tem um campo avançado em todos os lugares para a orientação das criaturas. A liberdade que as almas possuem é que as distrai da boa caminhada.
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Aproveita os momentos que alguém te dedica na instrução e abraça oportunidades de te educares, que o lucro será todo teu. Se deixares para o amanhã o que puderes fazer hoje, estarás adiando a própria felicidade.
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Procura lembrar das boas orientações dos teus pais e utiliza esses exemplos na linguagem de cada dia e verás o quanto é bom praticar o bem. O desperdiçar vive sempre na carência.
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Conserva a tua mente na harmonia com a caridade, pois ela não somente salva, como nos prepara para aprendermos de forma mais adequada. O aproveitamento é tônica divina em todas as ocasiões.
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Quem sabe escolher o que fazer, vive em paz com a consciência. Foge das facilidades, essas estradas largas da perdição. Lembra que o esforço próprio é caminho estreito, mas de segurança comprovada.
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O proveito da vida depende da vida que levas e o exemplo que dás é decorrente do exemplo que escolhes. Se ainda as tuas ideias estão mescladas de dúvidas acercado teu roteiro, consulta Jesus, o Juízo maior da Terra e, se o teu coração está sujeito às ilusões, procura o caminho do reino em que Ele mora."
(“Gotas de Fé”, Carlos/João Nunes Maia)

sábado, 17 de maio de 2014

"DIVINA SURPRESA"

"Alma  fraterna  e  boa,
Se  o  impulso  da  prece  te  abençoa,
Quando  queiras  orar,
Buscando  segurança  no  Senhor,
Faze  em  qualquer  lugar
O  teu  louvor ou  a  tua  petição!...

A  terra  inteira  é  um  templo
Aberto  à  inspiração
Que  verte  das  Alturas,
Mas  se  queres  encontrar
O  Mestre  que  procuras,
Atende,  alma  querida!...
Desce  ao  vale  de  lágrimas  da  vida,
À  imensa  retaguarda
Onde  o  consolo  tarda...
Onde  a  dor da  penúria  e  o  pranto  da  viuvez,
Volve  à  sombra  das  margens  do  caminho
E  estende  o  braço  forte
Aos  que  vagam  sem  norte,
Na  saudade  do  lar  que  se  desfez!...

Escuta  os  que  se  vão
À  noite,  ao  frio  e  ao  vento,
Sem  poderem  contar  o  próprio  sofrimento,
Famintos  de  carinho  e  compreensão...


Pára  e  abraça  a  criança
Que  o  desprezo  consome
E  a  doença  extermina,
Pára  e  ausculta  a nudez,  a  febre  e  a  fome
Dessa  flor  pequenina!

Ouve  o  choro  do  enfermo  que  não  tem
Senão  pó,  lama  e  lágrimas  por  leito
E,  à  guisa  de  aposento,  um  canto  estreito
Na  terra  de  ninguém.

Atentamente,  anota  em  torno  os  brados
De  quem  conhece  a  mágoa  no  apogeu,
Os  tristes  corações  despedaçados
Que  a  calúnia  venceu...

Vai  onde  exista  aflição,
Oferecendo  a  cada  sofredor
Uma  bênção  de  amor,
E, aí,  surpreenderás  um  divino  clarão
Que,  dúlcido,  irradia
Paz,  bondade,  alegria ...
Em  meio  dessa  luz,
Escutarás  Jesus,
Enternecidamente,
A  dizer-te,  no  fundo  da  alma  crente:

— Alma  querida,  vem!...
Ouço-te  a  voz  na  prece,  em  qualquer  parte;
Devo,  entanto,  esperar-te
Na  seara  do  bem.
Chamaste-me,  decerto,
Para saber que Deus ama e compreende  em ti!...
Buscavas-me tão longe e  aguardo-te  tão  perto...
Alma  boa,  eis-me  aqui!..."
(“Antologia da Espiritualidade”, Maria Dolores/Francisco Cândido Xavier)

sexta-feira, 16 de maio de 2014

"FILOSOFIA DE COMPREENSÃO"

"No transcurso de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais.
       Uma pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.
       Outra,  irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.
       Mais alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.
       Outrem mais, de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa-te, levianamente...
       Tens vontade de reagir.
       “Também sou humano” — costumas pensar.
       Somente que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.
       Deves nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.
       Ninguém passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.
       Cada qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é natural.
       O que se não possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.
-x-
       Não é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.
       Faz-se mister que te superes vencendo a parte negativa do tu caráter, aquela que censuras nos outros.
       Lapidando as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.
       Aqueles que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e duodenais, vivem indispostos.
       Será que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?
       Segue em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.
       Isto será melhor para ti e para todos."
(“Episódios diários”, Joanna de Ângelis/Divaldo Pereira Franco)

quinta-feira, 15 de maio de 2014

"RENOVEMO-NOS"

"Se alguém está em Cristo, nova criatura é"
- Paulo. (Coríntios, 5:17)


"Quanta gente fala em Cristo, sem buscar-lhe a companhia!
Há quem lhe recite as lições com maravilhoso poder mnemônico sem lhe haver  soletrado jamais qualquer ensinamento na linguagem da ação.
Há quem se reporte ao Evangelho, anos a fio, sem procurar-lhe a inspiração em momento algum.
Muitos dizem - "Quero Jesus!" - mas não o aceitam.
O problema do cristão todavia, não é apenas suspirar pelo Senhor. É permanecer com Ele, assimilando-lhe a palavra e seguindo-lhe o exemplo.
Não apenas crença, mas comunhão.
Se pretendes quebrar as algemas que te agrilhoam à sombra, não bastará te rotules com esse ou aquele título no campo das afirmações exteriores. É imprescindível te
transformes por dentro, fazendo luz para o cérebro e luz para o coração.
Para isso, se procuras com a Boa Nova o caminho da própria felicidade, lembra-te de que é preciso estar nossa alma em Jesus, para renovar-se com segurança.Aprendamos a ver com o entendimento do Senhor, a ouvir com a sublime compreensão que lhe assinalou a passagem no mundo, a trilhar a senda humana com o
sentimento que lhe marcou as atitudes e a usar as mãos no Sumo Bem como as utilizou o Divino Mestre e, certamente, ainda hoje, seremos nova criatura, ajudando a Terra pela qualidade de nossa vida, e edificando em nós mesmos a excelsitude do Céu."
("Segue-me", Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 14 de maio de 2014

"ORIENTAÇÃO E VIDA"

"Muitos companheiros solicitam orientação do Céu para a vitória nas lutas da Terra, mas, em verdade, não necessitamos tanto de novos roteiros esclarecedores e sim de ação mais intensiva na construção do bem.

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       O caminho é o mundo... Mundo-escola e mundo oficina, em que valiosas oportunidades felicitam a alma, interessada na própria sublimação.

       Não nos detenhamos na expectativa dos que adoram o Senhor, sem qualquer esforço para servi-Lo. Ele próprio legou-nos com a Boa Nova, o mapa luminoso para a romagem da Terra.

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       Libertemos a claridade que jaz enclausurada em nossos corações e avancemos.

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       Há espinhos, reclamando o trabalho eficiente de extinção.

       Feridas que pedem bálsamo.

       Aflições que mendigam paz.

       Pedras à espera de braços amigos que as removam.

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       Há mentes encarceradas na sombra, rogando o concurso iluminativo.

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       Há crianças abandonadas, implorando socorro para consolidar as bases em que recomeçam a vida.

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       Quem estiver procurando a inspiração dos Anjos, não se esqueça dos lugares de provação, onde os Anjos colaboram com o Céu, diminuindo o sofrimento e a ignorância na Terra.

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       Agir no bem é buscar a simpatia dos Espíritos Sábios e Benevolentes, encontrando-a.

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       Se Jesus não parou em contemplação inoperante, transitando no serviço ao próximo, da Mangedoura até a Cruz, ninguém aguarde a visitação dos Mensageiros Divinos, paralisando as mãos na esperança sem trabalho e na fé sem obras.

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       A espiritualização é problema de boa vontade e concurso fraterno, porque somente buscando trazer o Céu ao mundo, pela nossa aplicação justa ao bem, é que descobriremos a estrada verdadeira que nos conduzirá efetivamente ao Céu.

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       Em todos os episódios que te pareçam contrários, guarda serenidade e paciência, porquanto dia virá no qual reconhecerás que todos os obstáculos que te impediram o acesso ao que mais desejavas e não tiveste, foram bênçãos de Deus para que hoje usufruas as vantagens que tens."

( “Jóia”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

terça-feira, 13 de maio de 2014

"A ALEGRIA NO DEVER"



"Quando Jesus estava entre nós, recebeu certo dia a visita do apóstolo João, muito jovem ainda, que lhe disse estar incumbido, por seu pai Zebedeu, de fazer uma viagem a povoado próximo.

Era, porém, um dia de passeio ao monte e o moço achava-se muito triste.

O Divino Amigo, contudo, exortou-o a cumprir o dever.

Seu pai precisava do serviço e não seria justo prejudicá-lo.

João ouviu o conselho e não vacilou.

O serviço exigiu-lhe quatro dias, mas foi realizado com êxito.

Os interesses do lar foram beneficiados, mas Zebedeu, o honesto e operoso ancião, afligiu-se muito porque o rapaz regressara de semblante contrafeito.

O Mestre notou-lhe o semblante sombrio e, convidando-o a entendimento particular, observou:

- João, cumpriste o prometido?

- Sim — respondeu o apóstolo.

— Atendeste à Vontade de Deus, auxiliando teu pai?

— Sim — tornou o jovem, visivelmente contrariado —, acredito haver efetuado todas as minhas obrigações.

Jesus, entretanto, acentuou, sorrindo calmo:

- Então, ainda falta um dever a cumprir — o dever de permaneceres alegre por haveres correspondido à confiança do Céu.

O companheiro da Boa Nova meditou sobre a lição e fez-se contente.

A tranqüilidade voltou ao coração e à fisionomia do velho Zebedeu e João compreendeu que, no cumprimento da Vontade de Deus, não podemos e nem devemos entristecer ninguém."
 
 
("Pai Nosso", Meimei/Francisco Cândido Xavier)

segunda-feira, 12 de maio de 2014

"PELA BOCA"

   "Aquilo que sai da boca — diz-nos o Evangelho — precisa merecer-nos tratamento especial.
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        As viandas com que o homem, muitas vezes, ameaça a própria saúde, prejudicam apenas a ele mesmo, quando a frase contundente ou o grito de cólera podem alcançar toda uma assembleia de corações, determinando enfermidade e desequilíbrio.
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        É pela boca que vazamos da alma desprevenida os tóxicos da maledicência e é ainda por ela que arrojamos de nosso desespero os espinhos da discórdia que levantam trincheiras sombrias, entre irmãos chamados por Jesus à sementeira do amor.
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        É da boca que saltam de nosso sentimento mal conduzido as serpentes invisíveis da calúnia, envenenando a vida por onde passam e é ainda por intermédio dela que operamos o exame insensato das consciências alheias, apressando julgamentos da esfera exclusiva d’Aquele Justo Juiz que prendeu a morte na cruz para não condenar-nos em toda a extensão de nossas fraquezas.
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        Mas também é pela boca que exteriorizamos a ternura e a compreensão que restauram e fortalecem e é ainda por ela que externamos a fraternidade que nos imanta uns aos outros, à frente da Lei.
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        É pela boca que aprendemos a auxiliar aos nossos semelhantes e é ainda por ela que clamamos para o Céu, suplicando socorro e misericórdia.
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        Vejamos, assim, o que fazemos da palavra para que a palavra não nos destrua.
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        Mobilizemos nossos valores verbalísticos na exaltação do bem, com esquecimento de todo o mal.
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        A língua revela o conteúdo do coração.
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        Saibamos, então, modular nossa voz na bênção da serenidade e elevar nossa frase sobre o pedestal do amor que nos cabe estender ao próximo.
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        Caridade que não sabe começar pela boca dificilmente se expressará com segurança, através das mãos.
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        Entronizemos o verbo respeitoso e digno em nosso campo íntimo e estruturemos nossa frase no santo estímulo ao melhor que possuímos, para que possamos receber dos outros o melhor que possuem e estaremos com Jesus, construindo pela nossa conversação os sólidos alicerces de nossa alegria e de nossa paz."
(”Indulgência”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)

domingo, 11 de maio de 2014

"DIZES-TE"

Questão Nr. 888 de “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de Allan Kardec, pelo Espírito Emmanuel.

       "Dizes-te pobre; entretanto, milionários de todas as procedências dar-te-iam larga fortuna por ínfima parte do tesouro da tua fé.
       Dizes-te desorientado; contudo, legiões de companheiros, cujo passo a cegueira física entenebrece, comprar-te-iam por alta recompensa leve migalha  da visão que te favorece, para contemplarem pequena faixa da Natureza.
       Dizes-te impedido de praticar o bem; todavia, multidões de pessoas algemadas aos catres da enfermidade oferecer-te-iam bolsas repletas por insignificante recurso da locomoção com que te deslocas, de maneira a se exercitarem no auxílio aos outros.
       Dizes-te desanimado, sem te recordares, porém, de que vastas fileiras de mutilados estariam dispostos a adquirir, com a mais elevada quota de ouro, a riqueza dos teus pés e a bênção de teus braços.
       Dizes-te em provação, mas olvidas que, na triste enxovia dos manicômios inúmeros sofredores cederiam quanto possuem para que lhes desses um pouco de equilíbrio e de lucidez.
       Dizes-te impossibilitado de ajudar com a luz da palavra; no entanto, mudos incontáveis fariam sacrifícios ingentes para deter algum recurso do verbo claro que te vibra na boca.
       Dizes-te desamparado; entretanto, milhões de criaturas dariam tudo o que lhes define a posse na vida para usar um corpo harmônico qual o teu, a fim de socorrerem os filhos da expiação e do sofrimento.
       Por quem és, não lavres certidão de incapacidade contra ti mesmo.
       Lembra-te de que um sorriso de confiança, uma prece  ternura, uma frase de bom ânimo, um gesto de solidariedade e um minuto de paz não tem preço na Terra.
       Antes de censurar o irmão que traz consigo a prova esfogueante das grandes propriedades, sai de ti mesmo e auxiliar o próximo que, muita vez, espera simplesmente uma palavra de entendimento e de reconforto, para transferir-se da treva à luz.
       E, então, perceberás que a beneficência é o cofre que devolve patrimônios temporariamente guardados a distância das necessidades alheias, e que a caridade, lídima e pura, é amor sempre vivo, a fluir, incessante, do amor de Deus."
(“Religião dos Espíritos”, Emmanuel/Francisco Cândido Xavier)