terça-feira, 10 de setembro de 2013

"Todas as almas que se amam..."

"Todas as almas que se amam tornam a encontrar-se, a
fim de prosseguirem juntas na sua evolução ascendente, de vida em vida, de mundo em mundo, e subirem para a perfeição, para Deus, banhadas de uma luz cada vez mais viva, ao seio de harmonias sempre e sempre mais grandiosas. A revelação dos Espíritos, feita em inúmeras mensagens faladas e escritas, recebidas em todos os pontos do globo, vem mostrar-nos o supremo alvo da vida, de todas as nossas vidas.

Essa meta é a liberação pelo trabalho, pelo esforço, pelo estudo, pelo sofrimento, pela lenta educação da alma através de todas as condições da vida social, que lhe cumpre suportar alternativamente; a liberação do mal, do erro, da paixão, da ignorância; é a arte de aprender a pensar por si mesmo, de julgar, de compreender todas as harmonias, todas as leis do sublime Universo. É a conquista da beleza, da liberdade, da bondade: a beleza da forma fluídica, do corpo etéreo que se transforma, ilumina e expande, à medida que o espírito se aclara, purifica e eleva; a beleza da alma que se enriquece de qualidades morais, de forças e de faculdades novas.

Assim, de ascensão em ascensão, de mundo em mundo a princípio, depois de sol em sol, no ciclo imenso de sua evolução, a alma vê aumentar seu poder de irradiação, sua luminosidade. Pela elevação gradual de seus pensamentos e pela pureza de seus atos chega a pôr em harmonia suas próprias vibrações com as vibrações do pensamento divino e daí lhe decorre uma fonte abundante de sensações, de percepções, de gozos, que a palavra humana é impotente para descrever.

Tal a missão a desempenhar! Mas isto ainda não basta.
Trabalhando para si mesma, corre-lhe o dever de trabalhar para os outros, para a elevação de todos, para a marcha progressiva das Humanidades, para a unificação dos pensamentos, das crenças, das aspirações. Orientando para um ideal grandioso de porvir, de progresso moral, de luz, na vida
sempre renovada, pela qual todos os seres se encontram
unidos numa íntima solidariedade, numa comunhão de verdade e de amor, o homem chegará a melhor conhecer, a melhor compreender, a melhor servir a Deus."
("O Além e a Sobrevivência  do Ser", Léon Denis)

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