sexta-feira, 10 de agosto de 2012

"A PARTE DE DEUS"

"Em qualquer circunstância aflitiva, quando as coisas se apresentem negativas ou infelizes, 
não deixes de fazer o que te cabe fazer, considerando que a parte de Deus, Ele a fará.
Com freqüência, quando o homem se vê a braços com os desafios da vida, que
surgem na figuração de problemas de complexa envergadura, logo lhe acodem à
idéia os pensamentos pessimistas, em convite inditoso à desistência da luta, ou
à rebeldia, ou à queda irreversível no abismo...
Nesse estado, recusa-se utilizar os preciosos dons da oração, que faculta paz;
da meditação, que leva à confiança plena; da submissão aos desígnios divinos,
que proporciona humildade; da inalterável certeza de que Deus interfere da forma
que é melhor, com o que propicia intercâmbio inspirativo para atitudes corretas.
Conduzido na voragem dos desajustes de vária ordem, o agitado não tem clima
mental para raciocinar
com acerto, do que decorrem mais graves distúrbios que os causadores da
inquietação.
Desta forma, concitado ao labor edificante, faze a tua parte; defrontando
enfermidades a minar o organismo, realiza a tua parte; incompreendido nos mais
expressivos ideais de enobrecimento, prossegue com a tua parte; acoimado pela
inferioridade, ajusta a tua parte; colhido pelo lodaçal das calúnias e vis
humilhações, avança com a tua parte; empurrado à tentação, coloca em pauta a tua
parte; surpreendido por qualquer acidente inesperado e trágico, executa a tua
parte, porquanto a de Deus chegará com segurança no momento oportuno, a teu
benefício.
São de Deus:
a interferência providencial de um amigo ignorado;
o auxílio gentil de desconhecido benfeitor;
a opinião favorável de alguma pessoa influente;
a presença operosa de devotado anônimo;
o socorro imprevisto, mas oportuno;
a coragem, que assoma ao espírito, ante o infortúnio;
a presença caridosa de estranhos passantes;
e tudo quanto de pior sempre poderia ter acontecido, mas que não aconteceu. Se,
todavia, advier-te, em momentos que tais, a paralisia ou a desencarnação - que
no teu conceito são legítimos infortúnios - mesmo em tal ocorrência
a parte de Deus, a mais atuante, colaborou de modo á que estranhos e mais
aflitivos sofrimentos não te alanceassem, porquanto ignoras do Estatuto Divino
os códigos sublimes que funcionam com precisão, face as necessidades das leis
cármicas, mas que o Pai, por amor, proporciona ao espírito calceta submeter-se,
concedendo-lhe meios felizes não obstante doridos, a fim de equilibrar-se e
avançar, na escalada da evolução.
Confia, portanto, em regime de total segurança na parte de Deus, e, ativo, faze
a tua parte, humilde e submisso até o fim dos teus dias no corpo somático.
A luz da crença pura que te clarifica por dentro é ainda a presença de Nosso Pai
sustentando-te na noite da redenção, pois que infelicidade e desgraça reais são
as que impedem a ação da parte de Deus nos momentos graves, e podem ser
identificadas como rebeldia sistemática e falta de fé, em cuja treva o espírito
desnorteia e enlouquece por longo tempo."
("Celeiro de Bençãos", Joanna de Ângelis/Divaldo Franco)

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