"Se alguém te fala na
rua,
Deitando
lamentação,
Não passes
despercebido,
Escute, que é nosso
irmão.
Ouviste o parente em
casa,
Gritando em voz de
trovão,
Não te aborreças por
isso,
Tolera, que é nosso
irmão.
Transformou-se o
companheiro...
Agora, rixa,
brigão.
Não te afastes, nem
censures,
Suporta, que é nosso
irmão.
O amigo a quem mais
estimas
Ofendeu-te sem
razão...
Não te dês ao
derrotismo;
Perdoa, que é nosso
irmão.
Padece e chora o
vizinho
Problemas em
profusão.
Não te demores no
auxílio;
Coopera que é nosso
irmão.
Enxergaste o
pequenino,
Sem roupa, sem lar, sem
pão.
Não permaneças de
longe,
Acolhe, que é nosso
irmão.
Viste o doente
sozinho
No braseiro da
aflição;
Não percas tempo em
conversa,
Socorre, que é nosso
irmão.
Tiveste do
adversário
Pedradas de
ingratidão...
Calando, sempre
servindo;
Desculpa, que é nosso
irmão.
A quem te faça um
favor,
Embora dizendo
“não”,
Sem grita e sem
aspereza,
Atende, que é nosso
irmão.
Diante de todo
aquele
Que sofre na
provação,
O Cristo pede em
silêncio:
— “Ampara, que é nosso
irmão”."
(“Caridade”, Casimiro Cunha/Francisco
Cândido Xavier)
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