sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

"SOMBRA"


       "Não é o ouro que avilta.
       É a sombra do egoísmo em forma de avareza.
       
       Não é a propriedade que encarcera.
       É a sombra do egoísmo em forma de ambição.

       Não é o poder que perturba.
       É a sombra do egoísmo em forma de tirania.

       Não é a afeição que degrada.
  É a sombra do egoísmo em forma de violência.

       Não é a autoridade que envilece.
       É a forma de egoísmo em forma de opressão.

       Não é o ponto de vista que isola.
       É a sombra do egoísmo em forma de intolerância.

       Não é o descanso que prejudica.
       É a sombra do egoísmo em forma de ociosidade.

       Não é a despesa que arruína.
       É a sombra do egoísmo em forma de excesso.

       Lícita é a lei do uso, em todas as províncias da vida, mas,
em todas as províncias da vida, a lei do uso pede simplicidade e
ponderação.

       A árvore que produz milhares de frutos absorve da gleba
tão-somente o indispensável à própria existência.
       O rio, que fecunda o solo, transpondo léguas e léguas para
atingir o oceano, satisfaz-se com a faixa de terra em que se lhe
demarca o leito preciso.
       Na sustentação da própria felicidade, aprendamos a tomar do
mundo apenas o necessário à paz da consciência tranquila, no
cumprimento exato o dever que as circunstâncias nos assinalam,
porque, se o amor desinteressado é a luz de Deus a envolver-nos,
em toda a parte, o egoísmo, seja onde for, é a sombra de nosso
espírito endividado, enquistando-nos  alma e sonho na carapaça do “eu”."


(Emmanuel, na obra “Passos da Vida”, Francisco Cândido Xavier/ Espíritos Diversos)

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