"Queixas-te de influências perniciosas que te desgastam a vida.
Alegas que espíritos sofredores te
vampirizam as horas e que obsessores te viciam os pensamentos.
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E, muitas vezes, a cada dia,
experimentas tensão e desespero, cólera e enfermidade.
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Para conjurar o perigo, recorres à
oração e aos conselhos edificantes.
Tais medidas, no entanto, não
obstante providenciais, podem ser comparadas às receitas médicas que, apesar de
preciosas, passam despercebidas, se os recursos indicados não forem usados
conforme as prescrições.
-o-
Isso equivale dizer que os agentes
externos são necessários à nossa própria preservação contra os males que nos
atormentam, entretanto, se nos propomos realmente a vencê-los, analisemos a
nossa posição individual no campo das influências.
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Se sabemos marcar os que nos ferem,
aqueles aos quais ferimos igualmente podem marcar—nos.
-o-
Aos que nos sugiram algo, algo
conseguiremos também sugerir.
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A solução do problema, em matéria e
influências nocivas, será alcançada se criarmos a força e a sugestão do bem no
ambiente menos desejável que nos rodeie.
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Para isso é preciso que o
entendimento e a união se façam ingredientes essenciais de nossa própria
atitude.
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Não temos necessidade de recear as
influências chamadas perniciosas, porquanto, se outros nos influenciam o
caminho, também nós desfrutamos a possibilidade influenciar o caminho
alheio.
E estamos convencidos de que tudo
aquilo que doarmos aos nossos irmãos para nós voltará."
(“Neste instante”, Emmanuel/Francisco Cândido
Xavier)
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