"Tem cuidado, estrada
afora,
Sofrendo, sorrindo,
amando...
Enquanto a galinha
dorme,
A raposa está
velando.
Entre as maldades da
Terra,
Não te percas, meu
amigo ;
Se fores ver algum
lobo,
Conduze algum cão
contigo.
Vigia sobre ti
mesmo
Se queres a própria
cura,
Que os erros da
Medicina
Não saem da
sepultura.
Não te afastes do
equilíbrio:
Sobriedade nunca é
pouca.
Quando é fácil a
receita,
A despesa é sempre
louca.
Em teus hábitos no
mundo,
Não permaneças
dormindo.
A loucura inventa as
modas
E a tolice vai
seguindo.
Se um dia fores
bigorna,
Seja a calma o teu
segredo;
Mas quando fores
martelo,
Rebate forte e sem
medo.
Teme apenas a ti
mesmo
Na esfera de teu
dever.
Quem se amedronta
consigo
Nada mais tem a
temer.
Fala pouco e pensa
muito.
Não gastes verbo
ilusório.
De palavras em
palavras,
Caímos no
purgatório.
Procura a
simplicidade,
Não gastes a própria
sorte;
Por enquanto, não
chegaste
À grave questão da
morte.
Buscas a paz do
infinito
E a claridade sem
véu?
Trabalha e auxilia o
mundo,
Guardando a visão do
céu."
("Gotas
de Luz", Casimiro Cunha/Francisco Cândido Xavier)
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