"Fere, profundamente, o sentimento e a razão, a
injustiça.
Magoa, sem dúvida, a agressão
injustificável.
A rede das maldades, quando envolve alguém, asfixia-o e
aflige-o.
São muitos os fatores e acontecimentos que surgem à
frente , obstaculizando a tua marcha.
Não os deplores, nem os revides, deixando-te empolgar
pelo anseio do desforço.
-x-
Os outros, os infelicitadores, já são infelizes sem que
lhes aumentes a carga de desarmar com os revides e a vingança, tão covardes e
insensatos quanto as más ações danosas.
Certamente, não mereces muitas dessas dores, pelo menos
na atual conjuntura e na forma como te alcançam...
Sem embargo, não és viajor de primeira experiência,
incurso num passado que te serve de base para o
presente.
Como deves lutar para modificar, nas causas, os efeitos
perniciosos que afetam a muitas outras criaturas, não te é lícita a ação ignóbil
de vingança.
Só os homens de pequeno porte moral se desforçam,
tombando em fosso mais profundo do que aquele em que se encontra o seu
perseguidor.
-x-
Se desculpas o acusador, és melhor do que
ele.
Se perdoas o inimigo, te encontras em mais feliz
situação do que a dele.
Se ajudas a quem te fere, seja por qual motivo for,
lograste ser um homem de bem, um verdadeiro cristão.
Desforço, jamais!"
(“Episódios diários”, Joanna de Ângelis/Divaldo
Pereira Franco)
Sem comentários:
Enviar um comentário