"Meu amigo.
O corpo físico é a máquina divina que o Senhor nos
empresta para a confecção de nossa felicidade na Terra.
Os vizinhos do bruto precipitam-na ao sorvedouro da
animalidade.
Os maus empregam-na, criando o sofrimento dos
semelhantes.
Os egoístas valem-se dela para esgotarem a taça de
prazeres fictícios.
Os orgulhosos isolam-na sem
proveito.
Os vaidosos cobrem-na de adornos efêmeros para
reclamarem o incenso da multidão.
Os intemperantes destroem-na.
Os levianos mobilizam-na para menosprezar o
tempo.
Os tolos usam-na, inconsideradamente, incentivando as
sombras do mundo.
Os perversos movimentam-lhe as peças, na consecução de
desordens e crimes.
Os viciados de todos os matizes aproveitam-lhe o
temporário concurso na manutenção da desventura de si
mesmos.
Os indisciplinados acionam-lhe os valores, estimulando o
ruído inútil em atividades improdutivas.
O espírito prudente, todavia, recebe essa máquina
valiosa e sublime para tecer, através do próprio esforço, com os fios da
caridade e da fé, da verdade e da esperança, do amor e da sabedoria, a túnica de
sua felicidade para sempre na vida eterna."
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