"Muitos rogam chorando. E muitos recebem sorrindo as concessões
que solicitam do Celeste Poder.
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Contudo, é preciso não olvidar os compromissos que a dádiva
envolve em si mesma.
Na vida comum, disputamos determinada posição de serviço, não
somente para amealhar os vencimentos que lhe digam respeito, mas
também para trabalhar, fazendo jus ao salário ganho.
Uma planta simples recebe do horticultor cuidados especiais não
apenas para adornar a paisagem, mas igualmente para produzir,
valorizando-lhe o suor e o celeiro.
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É imprescindível, assim, meditar nas responsabilidades das
bênçãos que entesouramos.
Rogamos ao Céu a prerrogativa da saúde e o equilíbrio físico
nos enriquece a existência, entretanto, chegará o dia em que a Divina
Contabilidade nos examinará as experiências.
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Pretendemos dignificar a personalidade com títulos que nos
aformoseiem a condição social e as forças intangíveis das Esferas
Superiores nos auxiliam, através de mil modos, na aquisição deles.
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No entanto, surgirá o momento em que seremos convocados à
prestação de informes sobre o aproveitamento edificante da
oportunidade que nos foi conferida.
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É justo pedir sempre.
E é natural receber sempre mais.
Todavia, a Lei sábia e justa nos espreita os passos e os
movimentos de vez que se há tempo de emprestar, há também tempo de
ressarcir.
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Vejamos, pois, que fazemos da riqueza de luz, a expressar-se na
fé renovadora e reconfortante que nos ampara atualmente os destinos.
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Ontem, antes da presente romagem evolutiva, éramos órfãos de
paz e segurança, vagueando no turbilhão das sombras a que relegamos o
próprio espírito pela delinquência multissecular, mas o Senhor,
assinalando-nos as súplicas, reformou-nos os títulos de trabalho, em
favor de nosso próprio aperfeiçoamento.
Somos servos privilegiados com valioso empréstimo de dons sublimes.
Abstenhamo-nos, desse modo, da perda de tempo e ataquemos a
tarefa que nos compete atender.
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Hoje, brilha conosco o ensejo de auxiliar, aprender, amar,
perdoar, sublimar e redimir...
Não nos esqueçamos, porém, de que as horas voam apressadas e de
que amanhã, a Lei nos tomará contas do serviço realizado, porque
obter, na Terra ou no Céu, exige fazer e resgatar."
(Emmanuel, na obra "Esperança e Luz", Autores Diversos/ Francisco Cândido Xavier)
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