sábado, 29 de março de 2014

"NO RETOQUE DA PALAVRA"

Cap. XI — item 7 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec.”

       "Seja onde for, não afirme:— Detesto esse lugar!
       Cada criatura vive na terra dos seus credores.
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       Ouvindo a frase infeliz não grite: — “É um desaforo!”
       Invigilância alheia pede a nossa vigilância maior.
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       Atravessando a madureza, não se lamente: — “Já estou cansado.”
       Sintoma de exaustão, vontade enferma.
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       Sentindo a mocidade, não assevere: “Preciso gozar a vida!”
       Romagem terrestre não é excursão turística.
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       À frente do amigo endividado, não ameace: — Hoje ou nunca!”
       Agora alguém se compromete, amanhã seremos nós.
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       Ao companheiro menos categorizado, não ordene: — Faça isso!”
       Indelicadeza no trabalho, ditadura ridícula.
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       Perante o doente, não exclame: “Pobre coitado!”
       Compaixão desatenta, crueldade indireta.
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       Ao vizinho faltoso, nunca diga:  — “Dispenso-lhe a amizade.”
       Todos somos interdependentes.
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       Sob o clima da provação, não se queixe: — “Não suporto mais!”
       O fardo do espírito gravita na órbita das suas forças.
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       No cumprimento do dever, não clame: — “Estou sozinho!”
Ninguém vive desamparado.
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       Colhido pelo desapontamento, não reclame: — “Que azar!”
       A Lei Divina não chancela imprevistos.
*
       À face do ideal, não se lastime: — “Ninguém me ajuda.”
       No Espiritismo temos responsabilidade pessoal com o Cristo."

(André Luiz, na obra  “O Espírito da Verdade”, Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira – Autores diversos)

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